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Na tarde desta quarta-feira (3), o Secretário de Estado Adjunto dos Estados Unidos, Christopher Landau, se reuniu com representantes da indústria brasileira. Participaram do encontro o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, o ex-diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC) e consultor da CNI, Roberto Azevêdo, além do presidente da Câmara Americana de Comércio para o Brasil.
Segundo relatos, Landau afirmou que os empresários devem “atuar mais em Brasília do que em Washington” para enfrentar os desafios comerciais entre os dois países. Ele destacou que há espaço para diálogo, mas que a solução para as tarifas de 50% impostas ao Brasil é “política”.
Christopher Landau ocupa a segunda posição na hierarquia da diplomacia americana, abaixo apenas do Secretário de Estado, Marco Rubio. Nos últimos meses, o diplomata tem se manifestado publicamente sobre a situação política brasileira. Em setembro, em uma postagem no X (antigo Twitter), escreveu:
“A separação de poderes entre os diferentes níveis do governo é a maior garantia de liberdade já criada pela mente humana. Mas uma separação formal de poderes não significa nada se um poder tem meios de intimidar os outros a abrir mão de suas prerrogativas constitucionais (…) O que está acontecendo agora no Brasil sublinha este ponto: um único juiz da Suprema Corte usurpou seu poder ditatorial ao ameaçar líderes de outros setores e seus familiares com prisões e outras penas”.
No mesmo texto, Landau afirmou ainda que os Estados Unidos desejam “retornar à amizade histórica com o Brasil”, mas que a relação enfrenta dificuldades. “Estamos em um beco sem saída, já que outros setores do Brasil afirmam que não têm poder para agir e que não é possível negociar com um juiz”, declarou.
A reunião com o representante americano fez parte de uma agenda multilateral da comitiva brasileira, que também esteve no Capitólio.
Além disso, uma fonte americana revelou que bancos brasileiros receberam recentemente um comunicado do governo dos EUA questionando a possível aplicação da Lei Magnitsky em relação ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Questionado sobre o tema, um porta-voz do Departamento do Tesouro afirmou:
“Geralmente o Tesouro tem contato com instituições financeiras para clarificar expectativas de cumprimento [de normas]. A menos que a Ofac [Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros] tenha autorizado, regulações proíbem todas as transações feitas por pessoas ou instituições americanas que envolvam pessoas bloqueadas”.
Fonte: gazetabrasil