O lançamento do BYD King, em julho do ano passado, movimentou bastante o mercado de sedãs médios. Nos últimos anos, nenhum modelo chegou tão perto do atual líder do segmento, o Toyota Corolla, quanto o híbrido chinês vem fazendo.
Prova disso é que o modelo japonês ganhou uma nova versão híbrida “mais em conta” para conter o avanço do rival. Algo que, na prática, pode ou não surtir efeito. Do outro lado, o King mantém a estratégia agressiva de custo-benefício.
Na linha 2026, a versão topo do sedã híbrido plug-in da BYD passou por uma redução de preço (R$ 15 mil) e ficou mais completa. A versão de entrada GL custa R$ 169.990, enquanto a topo de linha sai por R$ 175.990. Isso representa cerca de R$ 14 mil a menos que o valor cobrado pelo Corolla híbrido de entrada.
Mas o que ele oferece a mais? Para responder, fomos até uma concessionária da BYD no Rio de Janeiro conhecer de perto a versão mais completa do sedã médio. O King GS encontrado estava exposto na loja da rede AB, no Shopping Nova América, Zona Norte da capital fluminense.
Na cor Inkstone Blue, a linha 2026 trouxe pequenas mudanças em relação ao modelo anterior. O visual mantém linhas horizontais e retas. A grade dianteira repete os frisos cromados e detalhes em black piano. Do mesmo modo, os faróis de LED seguem com formato afinado, alongado e assinatura luminosa na parte inferior.
As laterais trazem a principal novidade estética: o novo design das rodas de liga leve de 17 polegadas. Agora, o aro remete a uma estrela, com acabamento raiado e cromado. Ainda nas laterais, o modelo conta com colunas “B” e “C” em black piano e friso cromado contornando a área envidraçada.
Na traseira, o King 2026 mantém as lanternas interligadas em LED, com arranjo horizontal, alinhado aos demais elementos de design. A novidade foi a substituição da inscrição “Build Your Dreams” pela sigla “BYD”, mudança já adotada em outros modelos da marca, como o Dolphin Mini.
Na cabine, o sedã híbrido parece jogar em outra categoria em relação aos rivais da mesma faixa de preço. O painel digital tem 8,8 polegadas e a central multimídia giratória da BYD, 12,8 polegadas, com GPS integrado e espelhamento sem fio.
O console central elevado abriga os comandos da transmissão automática, do ar-condicionado de duas zonas e demais funções de condução. O acabamento também se destaca: boa parte das superfícies é revestida em material emborrachado e couro sintético. No lugar do plástico simples, há peças cromadas e plásticos texturizados.
Os bancos têm revestimento em couro sintético preto, diferente do tom claro, mais propenso a manchas, usado na linha anterior. Tanto o assento do motorista quanto o do passageiro contam com ajustes elétricos. Na segunda fileira, o acabamento das portas repete o da dianteira, com superfícies macias ao toque nos ombros e couro nos apoios de braço.
Ainda no interior, o King GS acrescenta iluminação ambiente em LED customizável e sistema de som com oito alto-falantes. Além do carregador sem fio, há quatro portas USB (duas do tipo A e duas do tipo C) e uma entrada 12V. É mais conteúdo que o oferecido pelo rival da Toyota.
Em segurança, o sedã da BYD reforçou sua boa relação custo-benefício ao incluir o sistema ADAS de nível II. A mudança agrega às funções de controle de cruzeiro adaptativo, detector de ponto cego, limitador de velocidade inteligente, assistente de permanência em faixa, alerta de colisão frontal e frenagem de emergência.
A lista de equipamentos traz ainda seis airbags (frontais, laterais e de cortina), controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, farol automático e câmera 360°. É um conjunto bastante parecido com o do rival japonês.
Nas dimensões, o King GS 2026 não teve alterações. O sedã chinês mede 4,78 metros de comprimento, 1,83 metro de largura, 1,49 metro de altura e 2,71 metros de entre-eixos. É mais espaçoso que o Corolla. Nesse aspecto, perde apenas no porta-malas: são 450 litros contra 470 litros do concorrente.
Apesar da redução na potência do motor a combustão imposta pelo Proconve L8, o BYD King GS 2026 manteve o desempenho combinado do conjunto. O 1.5 aspirado agora gera 98 cv (antes, eram 110 cv), enquanto o motor elétrico entrega 197 cv. Juntos, os propulsores somam 235 cv, a mesma potência da linha anterior.
O torque do motor a combustão caiu de 13,8 kgfm para 12,5 kgfm, mas a unidade elétrica entrega sozinha 33,1 kgfm. Na versão GS, a bateria Blade tem 18,3 kWh de capacidade.
Segundo a BYD, o modelo pode rodar até 78 km apenas no modo elétrico e alcançar 1.200 km de autonomia com o tanque cheio. O consumo médio é de 44,2 km/l na cidade e 36,7 km/l na estrada, números bem superiores aos do Corolla híbrido convencional, que faz 17,5 km/l na cidade e 15,2 km/l no rodoviário.
O BYD King GS oferece seis anos de garantia, sem limite de quilometragem, para o sistema PHEV, baixa tensão e chassi, além de oito anos para a bateria elétrica.
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Fonte: direitonews