“É uma força de trabalho que vai diminuindo e que chegou, inclusive, a promover a parada da produção dos isótopos aqui. Então, com essa parceria com a Marinha, houve essa possibilidade de formação de mais operadores de reator e de retomar essa produção do reator contínua, em alguns dias da semana”, explicou a coordenadora do Centro de Radiofarmácia do IPEN, Elaine Bortoleti de Araújo, à Sputnik Brasil.
📌🗣 Produção nacional evita perdas e garante autonomia em radioisótopos, diz coordenadora do IPEN
A coordenadora do Centro de Radiofarmácia do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Elaine Bortoleti de Araújo, destacou, em entrevista à Sputnik Brasil, a… pic.twitter.com/4m8OXB5Kwl
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“E aí passaram também a se treinar, foi entrando um grupo maior. Hoje estamos fazendo 72 horas de operação.”
📌🔊 IPEN projeta retomada da produção de iodo e avanço no uso de lutécio em clínicas
À Sputnik Brasil, o gerente do Centro do Reator de Pesquisas do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Frederico Genezini, afirmou que a instituição pretende retomar a produção… pic.twitter.com/FplzFZMlJP
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💬👉 Falta de pessoal ameaça produção de radioisótopos, mas parceria com a Marinha garante retomada parcial, diz coordenadora
A coordenadora do Centro de Radiofarmácia do IPEN, Elaine Bortoleti de Araújo, ressaltou que a escassez de pessoal é um dos principais desafios… pic.twitter.com/hZXeaIyOjK
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“Ele [lutécio-177] é muito caro de importar, e a gente tem o sonho de começar a fornecer ao SUS, porque hoje não é um radioisótopo acessível para o sistema público.” “Na verdade, esses radiosótopos são subsidiados. O que significa isso? Nós não pagamos imposto para importá-los. […] Só que […] nós estamos subsidiando clínicas privadas. Cerca de dois terços do que a gente produz vai para clínica privada. E é um sistema perverso”, explicou ele.
“Nem toda companhia aérea transporta material [radioativo]. […] tem problemas de desembaraço alfandegário, guerras, situações de bloqueio de espaço aéreo…”, elencou Araújo. “Então adquirir a autonomia da produção em território nacional é um fator extremamente importante”, ressaltou.
“A produção nacional, por si só, já traria uma redução bastante expressiva no custo da dose desse medicamento, para atingir realmente o Sistema Único de Saúde”, comentou ela.
Quem não tem cão, caça com gato
“A gente tem que comprar o lutécio enriquecido. O insumo, o que vai ser irradiado, ele é enriquecido. E, para chegar no enriquecimento alto, está muito difícil encontrar no mercado.”
“Na teoria, todo mundo sabe fazer, […] o problema é quando vai na prática; sempre tem o pulo do gato, que ninguém conta. Nós estamos trabalhando nisso no projeto RMB [Reator Multipropósito Brasileiro]. Mas hoje não temos [lutécio], então a gente tem que importar.”
⚓️🇧🇷 IPEN e Marinha fortalecem parceria em tecnologia nuclear
O gerente do Centro do Reator de Pesquisas do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Frederico Genezini, afirmou que a recente cooperação com a Marinha une duas frentes: a qualificação de operadores de… pic.twitter.com/bta30Iy1iP
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“Estamos começando a implementar em escala-piloto. E vendo como essa metodologia que a gente desenvolveu se comporta em larga escala.”
Nem tanto ao céu nem tanto à terra
“E, se a gente tiver essa operação no mesmo ritmo […] do lutécio, do qual falamos, vamos produzir quase a quantidade total de iodo que o Brasil precisa”, comemorou. “Se a gente pudesse produzir isso, especialmente mandar para o SUS, isso seria fantástico.”
“Essa é a nossa meta. Até porque esse convênio não se sustentaria sem esse impacto na sociedade.”
“É muito interessante para a Marinha também ter aplicações sociais. […] a nossa esperança é que, quando o seu impacto ficar bastante interessante, a Marinha também não vai querer perder esse protagonismo na produção.”
“A manutenção do conhecimento de produção de radioisótopos para medicina também vai ser muito útil para o RMB e para outras iniciativas que o Brasil possa ter no futuro.”
“A Argentina, do ponto de vista nuclear, ela tem uma robustez maior porque o nosso programa nuclear varia de governo para governo. E lá não. Lá eles têm isso como um programa de Estado”, comentou o funcionário do IPEN.
Reator Multipropósito Brasileiro
Fonte: sputniknewsbrasil