O ato foi convocado após a prisão de Alessandra Moja Cunha, irmã de “Léo do Moinho”, acusada pelo Ministério Público de participar da cobrança irregular de propinas de famílias incluídas no processo de reurbanização da comunidade.
Durante a manifestação, a PM cercou o local, utilizou spray de pimenta e violência. Entre os detidos está o ex-deputado estadual Fernando Ferrari, que, segundo testemunhas, tentava intermediar a liberação da via bloqueada. Repórteres e fotógrafos também relataram que foram alvo de violência policial.
Em 8 de setembro de 2025, a “Operação Sharpe”, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), com apoio das polícias Militar e Civil, prendeu Alessandra, líder comunitária e presidente de uma associação de moradores.
A investigação trata de suposto envolvimento em atividades ilícitas atribuídas ao grupo do irmão, incluindo extorsões relacionadas ao reassentamento de moradores, ainda que não tenha sido comprovado até o momento.
Em maio de 2025, houve um acordo entre governo federal e governo do Estado de São Paulo para reassentamento de famílias da Favela do Moinho.
Também no mesmo mês, o governo federal interrompeu a cessão do terreno da União para o Estado de São Paulo, em função da forma como ocorria a demolição ou descaracterização de moradias já desocupadas. A medida foi motivada, em parte, por denúncias de uso excessivo de força policial — ou pela possibilidade de que isso viesse a ocorrer.
Anteriormente, a PM fez operações no Moinho que deixaram feridos, com uso de balas de borracha, gás de pimenta, além da proibição de jornalistas adentrarem a região.
Fonte: sputniknewsbrasil