“Nosso Salão do Automóvel vai acontecer.” Foi com esta frase que Igor Calvet, o presidente da Anfavea, a associação das fabricantes de veículos do Brasil, eliminou qualquer dúvida sobre a realização da maior mostra automotiva do país. E mais. Confirmou que, em dois dias, foram vendidos 25 mil ingressos para o evento que será realizado de 22 a 30 de novembro em São Paulo.
Considerando que faltam pouco mais de dois meses para a mostra, é improvável que o evento seja cancelado. Inclusive, a lista de participantes, hoje em 25, considerando a Lecar, que ainda não produz veículos, além de Suzuki e Vespa, como expositoras de motos, pode crescer.
Autoesporte apurou que marcas de luxo foram procuradas para se juntarem ao grupo. BMW e Audi, por exemplo, abriram conversas, mas desistiram. Procuradas, as duas empresas disseram que não participarão do Salão do Automóvel. A Mercedes-Benz ainda não respondeu. Porsche, Volvo e Jaguar Land Rover já haviam sinalizado que estariam fora.
Até agora, Lexus e Denza (submarca de luxo da BYD) são as únicas do segmento premium já confirmadas. Também está previsto o chamado Dream Lounge para reunir carrões, mas o espaço não tem relação direta com as fabricantes.
De todo modo, há gigantes na lista de ausências. Volkswagen, Chevrolet, Ford, Nissan não estarão no evento. Ainda assim, com um cardápio já vasto de expositores, o Salão do Automóvel busca um público similar ao da última edição, realizada em 2018. “Estimamos entre 50 mil e 70 mil pessoas por dia”, disse Calvet à Autoesporte. Ou seja, o total de visitantes pode beirar os 700 mil. Como referência, o evento de sete anos atrás, com 11 dias, levou 742 mil pessoas ao São Paulo Expo. Em 2025, serão nove dias de exibição.
No entanto, a RX, organizadora do evento, e a Anfavea, grande apoiadora do Salão do Automóvel, parecem divergir de alguns pontos. A primeira afirma que todas as marcas confirmadas terão estandes de exposição. Calvet, no entanto, disse que algumas fabricantes optaram por restringir a participação aos test-drives, sem montar estandes nos pavilhão. Autoesporte apurou que há mais de uma marca nesta situação atualmente. O cenário ainda pode mudar até a abertura dos portões.
Também vale dizer que a pista de experiências dinâmica com os veículos será montada dentro do Anhembi, assim como acontece no Salão de Detroit, por exemplo. Isso representa um cenário pior do que o da última edição, quando uma pista foi criada do lado de fora do São Paulo Expo.
Há ainda outra polêmica relacionada ao evento. Autoesporte ouviu de fontes ligadas à fabricantes que há uma escalada nos custos por questões não previstas inicialmente, como construção de estandes mais complexos do que o previsto inicialmente. A Anfavea nega a questão.
Sobre a área de exibição, a RX agora afirma que “os espaços são modulares e possibilitam a contratação de áreas dimensionadas de acordo com as necessidades e estratégias de cada montadora”. Contudo, desde o início das negociações, a ideia era criar estandes padronizados em áreas de 500 m². Tanto que os mapas de estandes divulgados meses atrás mostram retângulos idênticos.
A possibilidade de ter estandes menores pode ser a saída para as marcas que não têm lançamentos de grande peso ou estão com o orçamento apertado. Em um Salão do Automóvel, não é incomum os gastos alcançarem os milhões de reais.
Veja abaixo as marcas confirmadas no Salão do Automóvel 2025.
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Fonte: direitonews