“O [Estado de] Israel é o 54º país da lista de países em exportações que o Brasil realiza. E de compras que o Brasil realiza de Israel, fundamentalmente, são de tecnologia de segurança, fertilizantes e adubos. […] Israel não entra na lista dos principais fornecedores de fertilizantes e adubos, e mesmo em tecnologia de segurança. Então, comercialmente, a gente vê que é uma relação irrisória. […] e o que o Brasil vende para Israel? Israel, fundamentalmente, são commodities. Petróleo, carne bovina, soja, calçados. Aí, sim, você tem calçados, que seria uma exceção à regra”, aponta o professor.
“Então, quando me pergunta se vale a pena entrar na briga, eu falo que, historicamente, sim. Comercialmente, é indiferente. E, em termos da pressão da comunidade judaica pela sua organização, acaba ganhando algum relevo. E ponto. Quer dizer, é essa a forma. E aí resta saber para qual desses ângulos o governo brasileiro vai se interessar mais“, justificou.
“Então, eu diria que o governo Lula, se ele não está fazendo o ideal, ele está fazendo o possível. Aliás, não só o governo Lula, mas todos os governos. Parece que todos os governantes hoje em dia, todas as relações exteriores […] que estão sendo feitas sempre no mundo do possível, e cada vez distante do mundo ideal“, afirmou.
“Se esse julgamento inviabilizar juridicamente certos atores da extrema-direita, o espaço para articulações internacionais será muito menor. E mesmo que haja tentativas de influência externa, o eleitorado brasileiro tem mostrado, nos últimos ciclos, uma capacidade de discernimento que não pode ser subestimada“, afirmou.
Fonte: sputniknewsbrasil