O GP da Holanda de Fórmula 1 2025 entrou para a história com números e curiosidades marcantes. Oscar Piastri conquistou uma vitória memorável em Zandvoort, garantindo o primeiro Grand Chelem de sua carreira – pole position, vitória, volta mais rápida e liderança em todas as voltas –, algo que um piloto da McLaren não conseguia desde Mika Hakkinen em Mônaco 1998. O australiano abriu 34 pontos na liderança do campeonato, empatou com seu empresário Mark Webber em número de vitórias na F1 (nove) e se tornou apenas o terceiro piloto de seu país a alcançar essa marca.
Além da performance de Piastri, que ainda soma agora três hat-tricks na carreira, o fim de semana foi recheado de estatísticas marcantes. A McLaren viu interrompida sua sequência de quatro dobradinhas consecutivas após o abandono de Lando Norris, que sofreu seu primeiro problema mecânico desde o GP do Brasil de 2022. Foi também apenas o segundo abandono do britânico em 2025. A Ferrari, por sua vez, zerou pela primeira vez desde o GP do Canadá de 2024, após os abandonos de Charles Leclerc e Lewis Hamilton.

Outro grande destaque foi Isack Hadjar. O francês da Racing Bulls conquistou seu primeiro pódio na Fórmula 1 com um terceiro lugar histórico, tornando-se o mais jovem francês a subir ao pódio, superando Pierre Gasly, e o quinto piloto mais jovem da história a alcançar esse feito, atrás apenas de Max Verstappen, Lance Stroll, Kimi Antonelli e Lando Norris. O resultado também marcou o primeiro pódio da equipe desde o GP do Azerbaijão de 2023, quando ainda se chamava AlphaTauri.
Max Verstappen manteve sua impressionante regularidade em casa, terminando em segundo e mantendo o retrospecto de nunca ter ficado abaixo da vice-colocação no GP da Holanda. Foi ainda o fim de sua maior sequência sem pódios desde 2017/2018, encerrando uma série de quatro corridas sem terminar entre os três primeiros.

Alex Albon também brilhou, levando a Williams ao quinto lugar – o quarto top-5 do ano para o tailandês, todos em quintos lugares. Este foi ainda o primeiro resultado entre os cinco primeiros da equipe em Zandvoort desde 1982, quando Keke Rosberg e Derek Daly alcançaram a marca.
Oliver Bearman, que largou do pit lane com a Haas, surpreendeu e conseguiu um sexto lugar, o melhor resultado de sua carreira até agora. Ao lado de Esteban Ocon em décimo, garantiu que a equipe americana colocasse seus dois carros nos pontos pela terceira vez em 2025.

Lance Stroll também se destacou com uma corrida de recuperação impressionante, saindo da 19ª posição no grid para terminar em sétimo. O canadense agora supera seu companheiro Fernando Alonso na tabela, com 32 pontos contra 30. O bicampeão terminou em oitavo e segue consistente, marcando pontos em seis das últimas sete provas.
Outro que voltou a aparecer entre os dez foi Yuki Tsunoda, que encerrou um jejum de sete corridas sem marcar pontos. O japonês da Red Bull terminou em nono, conquistando seu primeiro top-10 no traçado de Zandvoort.

A Sauber, no entanto, viu chegar ao fim sua sequência de seis corridas seguidas marcando pontos. Gabriel Bortoleto não conseguiu repetir os bons desempenhos recentes e ficou fora do top-10, assim como Nico Hulkenberg.
Por outro lado, o domingo foi para ser esquecido pela Ferrari. Além do abandono de Leclerc, Hamilton também não completou a prova, sofrendo seu primeiro abandono como piloto da equipe de Maranello e mantendo uma estatística negativa: já são cinco temporadas consecutivas com pelo menos um acidente resultando em DNF.
O GP da Holanda de 2025, portanto, não apenas consolidou Piastri como protagonista da temporada, mas também entregou histórias marcantes para outros pilotos e equipes, com números que reforçam a imprevisibilidade da Fórmula 1.
Fonte: f1mania