Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) investiga pelo menos uma grande rede de postos e uma distribuidora de combustíveis por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação, denominada pelos promotores como “instrumentalização para lavagem de capitais”, mira empresas que teriam usado títulos e fundos de investimento para ocultar valores ilícitos.
Conforme relatado pelo g1, de acordo com os investigadores, a emissão de debêntures pelas empresas de Valdemar de Bortoli Júnior e Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “Primo”, líder geral do esquema, e a posterior aquisição desses títulos pelo Mabruk II Fundo de Investimento, “gera incerteza sobre a idoneidade dos ativos, sugerindo que o fundo é usado para inserir valores sem origem no sistema financeiro e ocultá-los”.
Entre as empresas citadas estão a Rede Boxter, com cerca de 150 postos de gasolina no estado, e a distribuidora Rede Sol Fuel, localizada em Ribeirão Preto. Segundo o MP-SP, a Rede Sol Fuel teve debêntures adquiridas pelo Mabruk II Fundo no valor de R$ 190 milhões, enquanto o fundo também teria investido R$ 30 milhões em notas comerciais da empresa.
“O proprietário da Rede Sol Fuel, Valdemar de Bortoli Júnior, é identificado como pessoa de sólidos vínculos com diversas entidades e indivíduos envolvidos nas fraudes e lavagem de capitais”, disseram os promotores.
A Rede Boxter, por sua vez, já havia sido alvo da Operação Rei do Crime em 2020, quando a Polícia Federal descobriu 50 postos usados para legalizar dinheiro do tráfico de drogas em benefício do PCC. De acordo com o MP-SP, familiares de José Carlos Gonçalves, conhecido como “Alemão”, fazem parte do quadro societário da Boxter e atuam como laranjas para encobrir os beneficiários finais do esquema. Ao menos 61 unidades da rede apresentam indícios de envolvimento.
“Ele possui ligações fartas com o PCC e é suspeito de atuar como financiador do tráfico e na lavagem dos recursos respectivos”, afirmam os promotores sobre Alemão, que também teria transferido postos para outros operadores ligados ao esquema.
O contador responsável pela movimentação do esquema é apontado como Marcello Ognibene da Costa Batista, que teria conexões tanto com a Rede Boxter quanto com Luiz Felipe do Valle Silva do Quental de Menezes, responsável por 61 postos e descrito como laranja da família de Alemão. Segundo a investigação, há “sinais claros de simulação e fraude” na gestão desses postos.
As buscas, apreensões e prisões autorizadas pela Justiça na quinta-feira (28) fazem parte da operação que também envolveu a Receita Federal e visou desarticular o braço do PCC no setor de combustíveis, um mercado estratégico para o financiamento de atividades criminosas.
Posicionamento da Rede Sol Fuel Distribuidora S.A.
“Em atenção à reportagem veiculada pelo portal G1 em 30 de agosto de 2025, a Rede Sol Fuel Distribuidora S.A. vem a público esclarecer que é absolutamente inverídica a informação de que a Companhia teria mantido qualquer relação financeira, econômica ou negocial com o fundo de investimento denominado Mabruk II, ou com quaisquer outros citados na operação deflagrada pelo Ministério Público e pela Receita Federal.
A título de esclarecimento, a Companhia informa que, em 13 de novembro de 2023, realizou emissão de nota comercial no valor de R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais), operação conduzida de forma regular, devidamente registrada e em plena conformidade com a legislação e normas aplicáveis. Ressaltamos que tal emissão não possui qualquer vínculo com o referido fundo.
Todas as informações econômico-financeiras relacionadas a essa operação constam nas demonstrações financeiras auditadas e publicadas em nosso site institucional, evidenciando o compromisso da Companhia com a transparência, a governança corporativa e o cumprimento da lei.
A Rede Sol jamais descontou notas comerciais, jamais manteve qualquer relação com o Fundo Mabruk II e, sobretudo, jamais teve ou terá qualquer vínculo com o crime organizado. Assim, ficará inequivocamente comprovado no curso do processo que o Ministério Público incorreu em erro crasso ao atribuir à Rede Sol eventual ligação com o referido fundo e com práticas criminosas.
Importante destacar que Valdemar De Bortoli Junior, desde a fundação da empresa em 1998, faz parte de sua trajetória e sempre pautou sua atuação empresarial pela honestidade, integridade e estrito cumprimento da legislação, construindo ao longo de mais de duas décadas uma história de dedicação e credibilidade no setor de combustíveis.
Para maior clareza e acesso público, todas as operações financeiras e econômicas relacionadas ao tema podem ser consultadas no link oficial: Demonstrações Financeiras, em especial na Nota Explicativa nº 13. https://gruporedesol.com.br/wp-content/uploads/2025/04/252L6-014-PB-Rede-Sol-ADC-31-12-24-1.pdf
A Rede Sol Fuel Distribuidora S.A. mantém rigorosas políticas internas de ética, integridade e conformidade, observadas por todos os seus colaboradores e executivos, reafirmando o compromisso inegociável da Companhia com a legalidade, a conduta empresarial responsável e a confiança de seus clientes, parceiros e da sociedade”.
Fonte: gazetabrasil