Os protestos ocorreram às vésperas da participação do presidente Prabowo Subianto na cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), que está sendo realizada na China.
A escalada da tensão levou o governo a rever a agenda internacional do chefe de Estado, que acabou por não comparecer ao encontro.
Os manifestantes, principalmente estudantes de Yogyakarta, exigiram que os parlamentares tivessem um corte salarial, segundo o Gejayan Memanggil, um dos grupos organizadores.
A mídia local informou anteriormente que os parlamentares ganham mais de US$ 6.150 (R$ 36.900) por mês, além de grandes subsídios de moradia — muito acima da renda média.
Nesse contexto, os manifestantes argumentam que os salários do governo são incompatíveis com as promessas do presidente Prabowo Subianto de tomar medidas rígidas de austeridade e de um governo mais eficiente.
ONGs locais, inclusive a ICW (Vigilância da Corrupção da Indonésia), o Instituto Indonésio e o Fórum para a Transparência Orçamentária, têm criticado os salários dos políticos.
Os tumultos aumentaram na sexta-feira (29), depois que um motorista de moto compartilhada foi morto durante a ação policial em um protesto.
O presidente indonésio acabou por cancelar sua viagem à China devido aos protestos em todo o país.
Em uma coletiva de imprensa no domingo (31), Prabowo reconheceu a raiva da população, prometendo cortes nos subsídios dos legisladores e uma moratória nas viagens caras ao exterior.
Fonte: sputniknewsbrasil