Novo Volkswagen Nivus: 5 coisas que o T-Roc europeu revela do SUV nacional


A segunda geração do Volkswagen T-Roc foi apresentada na Europa com atualizações importantes. O SUV compacto abandonou o design quadrado para virar um cupê, tem novo motor híbrido, mais tecnologia e um pacote de equipamentos bem servido. Mas por que este modelo europeu merece a atenção do nosso leitor? O T-Roc vai dar origem à próxima geração do Nivus no Brasil.

Inclusive, a Volkswagen já tem protótipos perambulando por nossas ruas, o que indica que o projeto de desenvolvimento está em etapas avançadas. Outras informações sobre o modelo brasileiro também foram reveladas — meio que “sem querer” — pelo CEO da marca, Thomas Schäfer.

A partir disso, Autoesporte destrinchou o lançamento do novo T-Roc para revelar características do SUV europeu que podemos esperar na próxima geração do Nivus no Brasil. Confira em detalhes abaixo:

O novo T-Roc é montado sobre a plataforma MQB 37, a mesma do Golf da oitava geração. É uma base modular global utilizada nos carros compactos e médios da fabricante alemã — e Autoesporte pode dizer que ela estará presente no próximo Nivus aqui no Brasil, com produção em São Bernardo do Campo (SP).

Isso porque, conforme antecipamos no ano passado, a base técnica MQB 37 está apta a receber tanto motores híbridos quanto novos recursos de conectividade e segurança ativa. Por isso, foi escolhida pelo time de engenharia para equipar os próximos SUVs compactos da marca no Brasil.

A nova plataforma MQB 37 equivale à terceira geração da base técnica utilizada pela Volkswagen desde 2012. Ela nasceu no Golf MK7 e foi “desmembrada” para equipar tanto carros compactos de entrada quanto SUVs maiores e até esportivos. A Audi chegou a utilizá-la nos modelos A3, Q3 e no cupê TT.

O novo T-Roc está pronto do outro lado do oceano, mas quem ficará responsável pelo desenho do Nivus nacional é o time do brasileiro JC Pavone, o “pai” do Tera. Podemos esperar mudanças sutis no visual em comparação com o modelo europeu.

Toda a região frontal do T-Roc traz estilo inspirado nos carros elétricos da Volkswagen. A marca deseja criar essa aproximação justamente por conta dos novos motores híbridos. Para o Brasil, o mais plausível é que a dianteira siga parte da linguagem visual que estreou no Tera, com linhas levemente arredondadas e faróis com grafismos distintos.

Na traseira, o Nivus vai preservar as lanternas interligadas e deve adotar um design mais musculoso. Tanto o Tera quanto o Tiguan podem servir de inspiração para o desenho neste aspecto.

Algo imprevisível é o tamanho. Os carros da Volkswagen na Europa costumam ser menores que os nacionais — caso, por exemplo, do T-Cross encurtado —, o que indica que o Nivus não necessariamente deve repetir os 4,37 m de comprimento e 2,63 m de distância entre-eixos do T-Roc. Seria interessante se o nosso SUV tivesse o generosíssimo porta-malas de 475 litros do primo europeu.

E como o próprio Pavone revelou à Autoesporte, a fabricante “congela” o design de seus carros um bom tempo antes de lançá-los, para que a engenharia possa seguir com o desenvolvimento. Assim, o visual do Nivus de segunda geração certamente está pronto, guardado atrás de sete chaves nos computadores da empresa.

O T-Roc chega às lojas europeias em novembro em duas configurações, com motor 1.5 TSI Evo2 de quatro cilindros a gasolina, desenvolvendo 116 cv ou 150 cv, e 25,5 kgfm. O conjunto tem sistema híbrido leve (MHEV) de 48V sem tração apenas elétrica e com câmbio automatizado DSG de dupla embreagem e sete marchas. Para o começo de 2026, a marca ainda prepara o lançamento de uma versão 2.0 TSI de 190 cv, também com sistema híbrido leve, mas tração integral.

Outras opções mecânicas estão confirmadas para o ano que vem — e uma delas virá ao Brasil. Estamos falando do motor 1.5 TSI atrelado a um sistema híbrido pleno flex (HEV Flex). A unidade vai desenvolver 170 cv de potência e 31,6 kgfm de torque, e, muito provavelmente, será produzida em São Carlos (SP).

Este é o conjunto mecânico que Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen, deixou escapar em entrevista ao site britânico Autocar. O executivo afirmou que o novo motor híbrido tem o objetivo de equipar carros tanto na Europa quanto na América do Sul.

Inclusive, a marca divulgou o diagrama acima com detalhes sobre cada componente deste conjunto inédito. O motor 1.5 TSI Evo2 aparece na dianteira, montado ao lado do compressor do ar-condicionado. O módulo elétrico está instalado na saída do câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas (DSG). Há um conversor de alta tensão (12V DV/DC) instalado próximo à bateria no eixo traseiro. A capacidade não foi divulgada, mas não deve ser muito diferente dos cerca de 1,5 kWh de rivais com a mesma tecnologia, como Toyota Corolla Cross, Hyundai Kona e GAC GS4.

No momento em que se define uma linguagem visual, a Volkswagen (e quase todas as outras marcas) costuma repeti-la em todos os seus automóveis. Com o Nivus não será diferente, pois terá o mesmo arranjo estético dos veículos mais recentes, como Tera, Golf e Tiguan. Espere um painel demarcado por linhas horizontais e uma grande central multimídia flutuante.

Nem tudo do painel do T-Roc deve surgir no Nivus. O SUV europeu tem head-up display que replica informações do velocímetro, conta-giros e computador de bordo no para-brisa, além de iluminação ambiente de LED. Estes itens elevam o preço e devem ser cortados da cabine do SUV nacional. Quanto à montagem, espere extenso uso de plástico duro sem muitas texturas.

A nova plataforma MQB 37 revela indícios do que esperar sobre os equipamentos do novo SUV nacional. O Nivus deve ter pacote Adas completo, com controle de cruzeiro adaptativo (ACC), sensores de ponto cego e assistente de permanência em faixa.

O T-Roc europeu estreou um novo recurso que permite mudar de faixa automaticamente apenas dando a seta para um dos lados se não houver um carro no alcance do sensor de ponto cego. É improvável que a tecnologia, custosa para implementar, apareça no Nivus.

Outro recurso interessante que chega como novidade à linha 2026 do T-Roc é o assistente de estacionamento com memória. O SUV pode repetir os movimentos que o motorista fez para manobrar, e utilizá-los de forma inversa para sair de uma vaga. Como sistemas similares já foram apresentados no Brasil, é algo para a marca pensar com carinho nas versões mais equipadas.

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Fonte: direitonews

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