Pesquisador explica por que o Ocidente planeja ataque à Rússia pela rota do mar do Norte


A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) vem planejando e tomando ações de sabotagem, provocações e até mesmo pirataria para cercar a Rússia em suas fronteiras marítimas ao Norte. Os planos foram revelados a partir de uma operação de inteligência russa.
#690 Mundioka - Sputnik Brasil, 1920, 25.08.2025

Em entrevista ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, João Cláudio Pitillo, professor de história e pesquisador do Núcleo de Estudos das Américas (Nucleas) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ressalta que, há cerca de 15 dias, pesquisadores russos vêm alertando para ações de bandeira falsa realizadas pela OTAN.
Estas visam criar algum incidente para o tráfego de navios cargueiros russos naquela região e transferir o ônus do desastre para a Rússia, de forma a justificar mais sanções contra o país.
“A ideia seria criar um ambiente que possibilitasse o bloqueio do golfo da Finlândia — que se tornou uma área sensível desde que a Finlândia e a Suécia entraram na OTAN — e o bloqueio de regiões perto do mar de Bering.”
Para isso, destaca Pitillo, a aliança atlântica possui bases no Ártico e usa países da aliança, como Noruega e Reino Unido, para dar cobertura à região. A estratégia conta com o apoio dos Estados Unidos, que não podem ser desassociados de Londres e Bruxelas em seus estratagemas.
Exercícios das frotas do Báltico e do Norte, da Marinha russa - Sputnik Brasil, 1920, 31.07.2025

Por que cercar a Rússia no mar do Norte?

Segundo o pesquisador, o cerco ao mar do Norte é visto pela OTAN como a única possibilidade de neutralizar o poderio terrestre e aéreo russo demonstrado no conflito ucraniano.
“A guerra da Ucrânia está mostrando como é que a Rússia domina bem essa questão de ‘quem domina o céu, domina a terra’ […]. No mar, a igualdade é maior, porque a quantidade de navios ingleses e estadunidenses colocam a OTAN nessa condição.”

“É possível criar um estado de tensão maior no mar do Norte, por ele ser estreito, e […] poluir o ambiente e pensar em bloquear a Rússia. Muito mais fácil do que fazer isso nos limites territoriais da Europa ou da Eurásia.”

Entretanto, a ideia não é infligir uma derrota verdadeiramente militar à Federação da Rússia, mas sim econômica ao bloquear o desenvolvimento da rota do mar do Norte, que expandiria os acessos russos ao mar para além do Báltico e Bering.
Com a diminuição das geleiras, a chamada rota do Norte entrou no radar de todas as potências, explica Pitillo. Hoje, cerca de um quarto das reservas de petróleo do mundo não descobertas e cobiçadas pelas potências ocidentais estão na região do Ártico, e 53% da costa do Ártico é russa.

“É uma rota muito importante. Até porque a região Norte da Federação da Rússia é uma região de forte desenvolvimento econômico, de indústrias e de grandes estaleiros.”

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Fonte: sputniknewsbrasil

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