Omoda 5 HEV e Omoda 7 PHEV chegam em breve contra Corolla Cross e BYD Song


A Omoda Jaecoo confirmou a data de lançamento da dupla Omoda 5 HEV e Omoda 7 PHEV para o Brasil. O primeiro lote dos SUVs chineses vai desembarcar no país em setembro, encerrando o ciclo de novidades da marca chinesa para 2025. No primeiro semestre, a fabricante lançou os novos Omoda E5 e Jaecoo 7.

Os SUVs foram apresentados ao público no Festival Interlagos em junho, quando Autoesporte descobriu que a dupla chega em duas versões. O Omoda 5 HEV (leia o teste) custará entre R$ 185 mil e R$ 200 mil para brigar tanto com SUVs compactos quanto médios. Já o Omoda 7 PHEV será posicionado acima do Jaecoo 7, na faixa dos R$ 250 mil a R$ 270 mil.

A marca chinesa, vale lembrar, pertence ao Grupo Chery International, mas não tem relações com a Caoa Montadora. Veja detalhes sobre cada um:

Repetindo a estratégia dos SUVs já lançados por aqui, a gama do Omoda 5 HEV será composta por duas versões, sendo uma com pacote enxuto e outra mais equipada. O modelo é aposta da marca como carro de volume e seu principal rival será o Toyota Corolla Cross — por mais que tenha patamar de preço para brigar com Honda HR-V, Chevrolet Tracker, Nissan Kicks e outros.

O Omoda 5 HEV mantém as proporções do irmão elétrico já lançado no Brasil, com 4,42 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,59 m de altura e 2,63 m de entre-eixos. Já o porta-malas tem 378 litros de capacidade.

Curiosamente, o Omoda 5 HEV aposta em uma tecnologia pouco utilizada pelas marcas chinesas. Tem motor 1.5 TCi turbo a gasolina com injeção direta, emprestado do Caoa Chery Tiggo 5X, capaz de entregar 143 cv de potência e 21,9 kgfm de torque. Está atrelado a um motor elétrico de tração acionado pelo câmbio automático CVT. Os números combinados de potência e torque ainda não foram divulgados.

Quem alimenta o sistema elétrico é a bateria de íons de lítio de 1,83 kWh. Autoesporte testou o modelo num trajeto de 300 km na China, onde o computador de bordo marcou 21,3 km/l em circuito urbano e 18,2 km/l em trajeto rodoviário. Aqui, os dados oficiais serão aferidos nos testes do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), mas ainda não foram divulgados.

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Por dentro, o Omoda 5 tem painel de instrumentos e central multimídia integrados em uma única tela retangular, com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. O console central alto tem dois andares. Toda a região superior do painel é revestida por material emborrachado, enquanto uma generosa porção logo abaixo das saídas de ar-condicionado é de couro sintético.

O novo SUV híbrido compartilha sua plataforma, conjunto mecânico e outras tecnologias com o Jaecoo 7 e, consequentemente, com o Caoa Chery Tiggo 7. Na prática, é como se fossem o mesmo carro, mas com carrocerias — e tecnologias — diferentes. E por que lançar um carro baseado na base técnica dos outros dois?

Para a Omoda Jaecoo há um diferencial: o Jaecoo 7 tem visual mais conservador, enquanto o Omoda 7 aposta num design futurista, moderno e jovial. O estreante tem o mesmo motor 1.5 turbo a gasolina, combinado a um propulsor elétrico dianteiro, alimentado pela bateria de íons de lítio de 18,5 kWh. Desenvolve 339 cv e 52 kgfm combinados. Já o câmbio é do tipo DHT (“Dedicated Hybrid Transmission”), com uma marcha e múltiplas variações.

Outro aspecto que o Omoda 7 deve repetir do irmão Jaecoo é a velocidade de recarga. O SUV lançado no mês passado oferece carregamento rápido em corrente contínua (DC) de até 42 kW, permitindo recuperar de 20% a 80% da bateria em 20 minutos.

O Omoda 7 tem 4,62 m de comprimento, 1,87 m de largura, 1,67 m de altura e 2,70 m de distância entre-eixos. Já o porta-malas tem 550 litros de capacidade considerando o padrão chinês de medida, que vai do assoalho até o teto.

Por dentro, vale destacar a central multimídia de 15 polegadas. Passando os quatro dedos sobre a tela, ainda é possível fazer com que o aparelho fique posicionado na frente do passageiro dianteiro. Da mesma forma, ao acionar a marcha à ré, a tela retornará à sua posição original para auxiliar o motorista com as câmeras. Sobre o acabamento, os materiais da cabine combinam couro sintético, borracha, imitação de aço escovado e plástico preto brilhante.

Autoesporte apurou com exclusividade que a Omoda Jaecoo não deverá utilizar a fábrica da Caoa Chery em Jacareí (SP) para o início da produção nacional. Um executivo da fabricante ouvido por nossa reportagem afirmou haver “grandes problemas” que dificultam um acordo para a utilização da fábrica no Vale do Paraíba.

A situação se arrasta enquanto a Prefeitura de Jacareí pediu para que a Caoa Chery devolva sua fábrica no munícipio ou desenhe plano de retomada das atividades da unidade — encerradas em 2022 — num prazo de 45 dias.

Uma alternativa seria adquirir a fábrica que a Toyota vai fechar em Indaiatuba (SP) no ano que vem. A negociação, porém, é vista como “complicada” pela marca chinesa, que analisa outras possibilidades.

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Fonte: direitonews

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