“O melhor caminho ainda continua sendo o da negociação e da tentativa de pormenorizar essas tarifas de 50% e prezar a manutenção dessa parceria com os EUA.”
“A exportação de carne para os EUA representa 2% da produção brasileira. Então, em tese, a gente consegue realocar essa carne tanto para exportação como para o mercado interno. De todos os setores afetados, eu acho que o de carne bovina é o que tem mais chance de saída.”
“Com [uma tarifa de] 50%, praticamente o nosso produto fica desinteressante para os importadores norte-americanos. […] Então, na verdade, o que os EUA estão fazendo com o Brasil é um embargo. Na prática é isso.”
“Muitas vezes, ao abrir um mercado novo ou intensificar uma exportação para um país novo, você precisa fazer algumas concessões, e essas concessões impactam muito no lucro das empresas, […] então é muito incerto isso.”
“Então não é algo tão simples. […] Acho que o governo precisa, urgentemente, tomar medidas concretas, sentar e negociar essa questão. Porque, claro, o mercado vem aguardando isso, e o mercado, o cenário macro no Brasil, já vem se deteriorando em termos de juros, de inflação”, conclui o especialista.
Fonte: sputniknewsbrasil