Mercedes-Benz Classe A não vai mais se aposentar, pelo menos até 2028


Depois de decretar o fim de linha do Classe A para 2026, a Mercedes-Benz decidiu voltar atrás e prolongar a produção do hatch médio por mais dois anos. De acordo com a revista alemã Automobilwoch, a sobrevida, que fará o modelo ficar em oferta pelo menos até 2028, foi motivada pelo bom desempenho em vendas alcançado na Europa. “O Classe A continua a desfrutar de grande popularidade entre os clientes“, disse Jörg Burzer, diretor de produção da marca.

Além das boas vendas, pesa a favor do modelo a mudança de planos da Mercedes-Benz em relação à eletrificação. Após focar em carros elétricos com os modelos da linha EQ, como EQS e EQE, a marca decidiu ajustar o curso e apostar numa coexistência entre veículos de combustão interna, híbridos plug-in e elétricos tradicionais. Com isso, o espaço do Classe A no portfólio foi preservado.

Apesar da sobrevida, o futuro do hatchback continua nebuloso. Depois de encerrada a produção em 2028, não há planos para o desenvolvimento de uma nova geração. Desta forma, a Mercedes-Benz mantém o objetivo de reduzir sua atual família de carros de entrada de sete para apenas quatro veículos.

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Com isso, além do Classe A hatchback, sairão de linha a variante sedã e a minivan Classe B. Assim, o novo portfólio contará somente com a nova geração do CLA (sedã e shooting brake), os SUVs GLA e GLB e um inédito off-road compacto com design inspirado no Classe G.

A despedida do Classe A do mercado acontecerá após 30 anos de comercialização e quatro gerações no currículo. As duas primeiras, lançadas em 1997 e 2004, foram marcadas pelo estilo minivan, com destaque para a carroceria curta e o teto alto. O modelo original, a título de curiosidade, foi considerado na época precursor do segmento de “carro de luxo popular”, por conta da proposta acessível e o posicionamento de entrada na gama da Mercedes-Benz.

Já nas linhagens de 2012 e 2018, a fabricante reformulou o Classe A como um hatch médio legítimo e o colocou na disputa contra Audi A3 e BMW Série 1. Foi nesta penúltima geração, em 2013, que o modelo voltou ao Brasil depois de um hiato de quase 8 anos. O retorno aconteceu depois que a primeira encarnação — produzida em Minas Gerais entre 1999 e 2005 — deixou de ser comercializada por aqui.

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Fonte: direitonews

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