Costa Filho destacou que o chamado “tarifaço” não atinge apenas a economia brasileira, ao penalizar o emprego no setor exportador, mas também prejudica produtores americanos, como ocorre nos Estados Unidos.
Ele enalteceu a postura “estadista” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lidar com a crise e sublinhou que “o emprego não é de direita, de esquerda ou de centro. O emprego é do povo brasileiro”.
Enquanto o ministro atacava o impacto das medidas norte-americanas, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, celebrava um novo acordo com a China para desenvolver um corredor intermodal ligando o Brasil ao Pacífico.
Segundo ela, o projeto nasce com apoio da Casa Civil e dos ministérios dos Transportes e do Planejamento e busca enfrentar a desigualdade regional por meio de infraestrutura. “Não há justiça social e desenvolvimento regional se a gente não entender que a cara mais pobre desse país está no interior, no Norte, no Nordeste, nas fronteiras com a América do Sul. E nós temos uma dívida histórica com essas regiões“, afirmou.
O memorando de intenções prevê investimentos em ferrovias e transporte fluvial, conectando estados como Pernambuco, Pará e Amazonas até a tríplice fronteira com Colômbia e Peru. De lá, a carga brasileira poderia alcançar o porto de Chancay, construído pelos chineses na costa do Pacífico peruano. Tebet falou em “rasgar o Brasil com uma economia que vai da Bahia até a Ásia” e ressaltou a importância de uma logística que envolva trens, navios e rios. “O Brasil precisa investir muito fortemente em ferrovias. E aí entram os nossos mares, entram os nossos rios, entra a cabotagem.”
A ministra também citou o investimento privado em 200 novas barcaças na fronteira com o Paraguai como exemplo do potencial logístico da região.
Interferência estrangeira
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, aproveitou o evento para defender o sistema nacional de pagamentos e responder a críticas sobre a autonomia tecnológica do país. “O Pix é um meio de pagamento que o Brasil adora e que é abraçado por todos: pela população, pelas empresas, pelo sistema financeiro. Nenhuma outra nação, nenhum outro líder mundial pode escolher o que o Brasil deve usar como meio de pagamento“, afirmou.
Fonte: sputniknewsbrasil