MMA e Ministério das Mulheres lançam formação sobre diplomacia popular, emergência climática, territórios e gênero


Os Ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e das Mulheres lançaram nesta sexta-feira (25/7) o curso de formação “Diplomacia Popular: Emergência Climática, Territórios e Gênero”. A iniciativa, realizada em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), busca capacitar lideranças para atuar em espaços estratégicos de incidência nas negociações climáticas, com foco na COP30, Conferência do Clima da ONU que acontece em Belém (PA) em novembro. 

O lançamento ocorreu na sede do MMA, em Brasília (DF), com a presença das ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e das Mulheres, Márcia Lopes, além da reitora da UnB, Rozana Naves. 

Marina Silva enfatizou a importância da autonomia e do protagonismo das populações na agenda climática global. “Isso é a beleza da democracia. Quebrar o código para que a gente possa participar com as nossas linguagens, com a nossa forma, mas com capacidade de intervir efetivamente”, afirmou. “Tudo isso porque, muitas vezes, o participar se torna apenas participatório. Se não estamos adequadamente capacitados para intervir, acabamos apenas legitimando as decisões tomadas”, ponderou a ministra. 

Na avaliação de Márcia Lopes, a formação é uma resposta à urgência imposta pela crise climática. “Esse curso vai formar e qualificar jovens e mulheres para responder a este tema tão importante da mudança do clima, e isso tem muito a ver com esse momento do mundo, do nosso continente, e do Brasil, que está às vésperas da COP30”, afirmou. “Queremos reafirmar, nessa área, essa potência que as mulheres são em todas as outras dimensões da vida em sociedade”, ponderou. 

A capacitação busca qualificar lideranças de povos indígenas e comunidades tradicionais, organizações da sociedade civil e de mulheres para atuação em espaços de negociação internacional.

Com início no dia 22 de agosto, as aulas ocorrerão em formato online e seguem até o dia 24 de outubro. A formação será conduzida por professores do Departamento de Relações Internacionais da universidade. Ao todo, 116 pessoas de diferentes regiões do país estão inscritas, dessas 104 são mulheres.

Para Rozana Naves, o curso é uma oportunidade de fazer com que as expressões culturais, artísticas, os valores e os saberes tradicionais possam ser expandidos. “Esse curso é mais um exemplo de como a universidade, o governo e os movimentos populares podem contribuir para mudar a realidade do nosso país e reafirmar a nossa soberania”, destacou.

A iniciativa tem apoio financeiro de R$ 200 mil do Ministério das Mulheres e propõe uma abordagem metodológica para a formação de agentes multiplicadores. 

Também participaram da cerimônia no MMA a secretária-executiva adjunta do MMA, Anna Flavia Franco, a secretária nacional de Povos e Comunidades Tradicionais da pasta, Edel Moraes, representantes do Ministério das Mulheres, organizações da sociedade civil e de movimentos populares. 

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Fonte: gov.br

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