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Elder José Arteaga Hernández, conhecido como “El Costeño”, foi capturado na madrugada deste sábado (5) por agentes de inteligência.Ele é apontado como o suposto organizador do ataque de pistoleiros contra o senador e pré-candidato presidencial Miguel Uribe Turbay.
De acordo com informações da Polícia Nacional, a prisão ocorreu durante uma operação sigilosa, após autoridades nacionais e internacionais intensificarem a busca por “El Costeño”. Ele havia sido identificado como peça-chave no planejamento do atentado frustrado, ocorrido em 7 de junho no bairro Modelia, em Bogotá.
A investigação aponta que Arteaga Hernández estava no veículo onde Katerine Andrea Martínez Martínez, conhecida como “Gabriela”, entregou uma pistola Glock 9mm ao jovem sicário encarregado do ataque. Ele também teria delegado a Carlos Eduardo Mora González, motorista do carro Spark cinza envolvido, a tarefa de transportar o agressor e ajudá-lo a localizar o local do crime.
Inicialmente, houve relatos de que “El Costeño” teria deixado o país, o que levou a Interpol a emitir uma notificação vermelha contra ele. No entanto, sua captura aconteceu na localidade de Engativá, em Bogotá.
Elder José Arteaga Hernández deverá responder pelos crimes de homicídio qualificado em grau de tentativa, porte e tráfico de armas qualificado e uso de menores para delinquir.
Reações e Detalhes da Investigação
Víctor Mosquera, advogado de Miguel Uribe Turbay, comentou a detenção: “Celebro a captura de alias ‘El Costeño-Chipi’. Trabalho impecável da Promotoria, articulado com a Polícia Nacional. É um passo chave para o esclarecimento da tentativa de magnicídio contra Miguel Uribe Turbay. A justiça deve avançar sem delongas e estabelecer os mandantes e instigadores. Graças a todas as agências de inteligência internacionais que colaboraram”.
Segundo as autoridades, Elder José Arteaga Hernández tem mais de 20 anos de carreira criminosa e teria planejado o ataque de um estacionamento no bairro El Muelle, em Engativá, o mesmo local onde abriu duas barbearias após sair da prisão. Lá, ele se reencontrou com William González Cruz, vulgo “El Hermano”, antigo parceiro no crime e também detido neste caso.
Testemunhas e interceptações indicam que “El Costeño” ordenou o recrutamento de um menor de 14 anos para atuar como atirador. Ao jovem foi prometido 20 milhões de pesos, mas o plano, aparentemente, incluía assassiná-lo após a missão para eliminar rastros.
Na sexta-feira, 4 de julho, a Interpol já havia emitido uma circular vermelha para sua busca, e o governo colombiano oferecia uma recompensa de 300 milhões de pesos por informações que levassem ao seu paradeiro. As autoridades contavam inclusive com uma imagem de sua suposta nova aparência: ele teria tingido o cabelo para evitar ser identificado, assim como “Gabriela”.
Além de seu histórico criminoso, “El Costeño” era ligado a festas eletrônicas e se movimentava no círculo de DJs conhecidos, que alegavam ter perdido seu rastro há um mês, segundo informações do jornal El Tiempo. Vários de seus aliados e outros implicados no atentado usavam tatuagens e bonés com o número 777, um detalhe investigado para determinar se era coincidência ou símbolo de uma gangue de pistoleiros.
“Gabriela” havia declarado que “El Costeño” a pagou para participar de outro atentado, em julho de 2024, contra Gabriel Ángel, um ex-membro das FARC que assinou a paz, na localidade de Teusaquillo, em Bogotá. Essa confissão reforçou a linha de investigação que o ligava não apenas ao caso de Miguel Uribe, mas a uma possível série de ataques.
Uma das hipóteses mais sólidas da Promotoria era que a Segunda Marquetalia, liderada por “Iván Márquez” – inimigo declarado do ex-guerrilheiro atacado –, estaria por trás do atentado. No entanto, não se descartava que “El Costeño” também atuasse como parte de escritórios de sicários, com laços com redes criminosas de Cali e o apoio de um antigo chefe do crime que esteve escondido no Equador e foi capturado em 2013.
Fonte: gazetabrasil