A Toyota abriu parte de seus planos no Brasil para o resto do ano. Pela primeira vez, a marca confirmou a data de chegada do Yaris Cross, seu maior lançamento em 2025. Conforme Autoesporte antecipou, o SUV compacto chega às lojas em outubro, quase um ano após a previsão inicial, que era em dezembro de 2024.
Antes dele, a Toyota terá dois outros lançamentos. Em agosto, a van Hiace estreia no Brasil importada da Argentina, conforme publicamos ainda em maio. No mês seguinte, em setembro, o Corolla sedã terá uma nova versão híbrida, GLi, pensada em frotistas e vendas diretas para taxistas.
Veja, nos próximos parágrafos, mais detalhes sobre cada um dos lançamentos da Toyota em 2025.
O novo carro de entrada da Toyota no Brasil será um SUV compacto. Com o Yaris Cross, a marca japonesa vai começar a disputar mercado com Volkswagen T-Cross, Hyundai Creta, Chevrolet Tracker e o novo Nissan Kicks.
O grande trunfo, apesar da chegada tardia, será a oferta de uma versão híbrida plena (HEV), que estreia um inédito conjunto formado por motor 1.5 aspirado flex com um elétrico. Autoesporte foi ao Chile para avaliar o modelo.
Se os números da versão chilena não mudarem, serão 91 cv de potência e 12,3 kgfm de torque no motor 1.5. Já o motor elétrico tem 80 cv e 14,4 kgfm. A potência combinada será de aproximadamente 115 cv com etanol — número ainda não oficial.
O câmbio é do tipo transeixo, mesmo de Corolla e Corolla Cross híbridos, assim como a PCU (unidade de controle de potência). Já as baterias são de íons de lítio e têm capacidade para 0,7 kWh. No caso da dupla, as baterias são de níquel-cádmio com 1,3 kWh de capacidade.
As versões de entrada terão um motor 1.5 aspirado flex, de ciclo Otto, que rende 110 cv e 14,3 kgfm, com câmbio CVT que simula sete marchas. É uma evolução do conjunto que equipou os finados Yaris hatch e sedã, com quem o SUV só compartilha o nome. Também já testamos a versão aspirada.
O modelo é derivado da plataforma DNGA, uma simplificação da base TNGA de Corolla e Corolla Cross. Em relação ao tamanho, o novo SUV terá 4,31 m de comprimento, 2,62 m de entre-eixos, 1,77 m de largura e 1,62 m de altura. No Chile, o Yaris Cross tem 471 litros de capacidade no porta-malas.
A título de comparação, o Corolla Cross tem 15 cm a menos de comprimento, 5,5 cm a mais de largura, 0,5 cm a menos em altura e 2 cm a menos no entre-eixos. Entretanto, o porta-malas é 30 litros menor do que o do Yaris Cross — pelo menos do divulgado no Chile.
Apesar do acabamento interno simples, o Toyota Yaris Cross terá central multimídia flutuante com tela de 10,1 polegadas e conexão com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, quadro de instrumentos parcialmente digital e freio de estacionamento eletrônico. O teto solar panorâmico poderá dar um charme ao SUV. O pacote de segurança também deverá ser bem servido por aqui.
O Yaris Cross nacional deve trazer seis airbags, sensores de estacionamento e parte do pacote Toyota Safety System (TSS), com frenagem autônoma emergencial e alertas de ponto cego e de evasão de faixa. Itens como o já citado freio de estacionamento eletrônico e o ar-condicionado digital também podem vir nas opções mais caras.
Pensando em frotistas e taxistas, a Toyota vai reforçar a participação no mercado de híbridos com uma nova versão de entrada do Corolla. Baseada na GLi atual, vai compartilhar o mesmo conjunto mecânico da opção Altis Premium Hybrid. Ou seja, alia um 1.8 aspirado de ciclo Atkinson de 101 cv e 14,5 kgfm com um elétrico de 72 cv e 16,6 kgfm de torque. A potência combinada é de 122 cv.
Por enquanto, não há outras informações sobre equipamentos e preço do Corolla GLi. Questionado se a versão GLi com motor 2.0, atualmente vendida por R$ 167.590, coexistiria com a nova variante híbrida, Evandro Maggio, CEO da Toyota do Brasil, se esquivou.
Olhando para a linha Corolla atual, a única versão com motores 2.0 e híbrido é a Altis Premium. Nesse caso, a diferença de preço entre elas é de R$ 3.400. Considerando a mesma lógica para a GLi, a opção híbrida pode ser lançada na casa dos R$ 170 mil a R$ 175 mil, já como linha 2026.
“A escolha pelo GLi tem a ver com a proposta do carro e a capacidade de produção. O modelo também foi pensado para frotas, vendas diretas e Kinto (o serviço de compartilhamento da Toyota”, disse José Ricardo Gomes, diretor de atendimento ao cliente e cadeia de valor da empresa.
Montada na Argentina desde o início de 2024, a rival de Fiat Ducato e Renault Master chegará ao país, conforme revelado anteriormente por Autoesporte, para representar a marca no concorrido segmento de transporte de passageiros.
O conjunto mecânico é emprestado da picape média Hilux e promete ser o principal chamariz do modelo. Algumas unidades da Toyota Hiace já circulam em testes por aqui, como podemos notar no flagra captado por Autoesporte.
Em termos dimensionais, a Toyota Hiace tem 5,91 metros de comprimento, 1,95 m de largura, 2,28 m de altura e 3,86 m de entre-eixos. A versão mais cotada para o Brasil é a Commuter, que tem capacidade para levar até 14 passageiros (motorista e mais 13 pessoas).
A fábrica argentina de Zárate monta ainda a variante H2L2, que tem três lugares e privilegia o espaço para carga na traseira. O lançamento desta variante também é cogitado.
Mecanicamente, a Hiace adota o mesmo conjunto já usado por Hilux e SW4. Ou seja, motor 2.8 turbodiesel associado ao câmbio automático de seis marchas. A diferença é que na van o rendimento é menor: 163 cv de potência e 42,8 kgfm de torque. O trem de força será um dos principais argumentos de venda do utilitário, especialmente por ter ampla disponibilidade de peças no mercado e manutenção já conhecida.
Além de falar sobre os próximos lançamentos de 2025, a Toyota também detalhou o início das operações da fábrica que está construindo em Sorocaba.
O novo espaço, de 160 mil m² está sendo erguido ao lado da atual linha de produção e deve ser inaugurado nos próximos meses. No local, serão feitos dois produtos: o sedã Corolla e um segundo, ainda não confirmado pela Toyota, mas que adiantamos que será uma picape intermediária.
Com a abertura da segunda fábrica de Sorocaba, a Toyota poderá fechar a unidade de Indaiatuba, inaugurada no final dos anos 1990. A previsão para o encerramento das atividades no interior paulista é o segundo semestre de 2026. Ao todo, serão contratadas 2 mil pessoas, sendo que metade são mulheres.
Quando perguntado se a Toyota está pensando na venda do local, Maggio disse que “só vai a empresa só vai se preocupar com isso “quando a transferência para Sorocaba estiver completa”. Ou seja, pelo menos daqui um ano.
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Fonte: direitonews