O Renault Boreal é o primeiro SUV médio da fabricante francesa a ser vendido e produzido no Brasil. Equipado com motor de Duster e câmbio de Kardian, o inédito carro nacional chega para brigar diretamente com Jeep Compass e Toyota Corolla Cross. Por isso, Autoesporte compara agora dimensões, conjunto mecânico, lista de equipamentos e mais informações dos três concorrentes.
Vale lembrar que a tarefa de desbancar os rivais não será fácil para o Renault Boreal. Afinal, a disputa já é bastante acirrada na categoria. Para se ter uma ideia, no primeiro semestre de 2025, o Corolla Cross é que liderou entre os SUVs médios com 30.090 unidades vendidas.
Só que o Compass não ficou tão para trás e apareceu logo depois no ranking com 27.531 emplacamentos no período, de acordo com a Fenabrave Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave). Portanto, uma diferença de apenas 2.559 vendas. Será que o novato tem o suficiente para conseguir entrar nesse embate? Hora de descobrir!
Para começar o comparativo de fichas, vamos às dimensões. E o Renault Boreal sai na frente por ser o maior em todos os parâmetros. O recém-chegado tem 4,56 metros de comprimento, 1,84 m de largura, 1,65 m de altura e 2,70 m de entre-eixos.
Ou seja, diferença de 16 cm no comprimento para o SUV da Jeep e de 10 cm para o rival da Toyota. No total, o Compass tem 4,40 metros de comprimento, enquanto o Corolla Cross entrega 4,46 m na mesma medida.
No quesito espaço interno, o novato modelo da Renault também supera os concorrentes. O Boreal tem 2,70 m de entre-eixos e oferece espaço de sobra para pernas e cabeça na segunda fileira. Os rivais têm 2,64 m na mesma medida. Portanto, diferença de 6 cm. Veja abaixo:
Quando falamos em capacidade do porta-malas, o Renault Boreal também leva vantagem. O SUV consegue comportar excelentes 522 litros no padrão VDA. Com os bancos rebatidos, o número aumenta para 1.279 litros.
Portanto, o compartimento é bem maior do que os 410 litros do Compass e até do que os 1.191 litros na comparação sem o uso da segunda fileira. O Corolla Cross é capaz de comportar até 440 litros. O volume com os bancos rebatidos do carro japonês não foi divulgado.
O Renault Boreal é feito sob a mesma plataforma RGMP do Kardian. Isso faz com que eles compartilhem o mesmo câmbio automatizado de dupla embreagem EDC, com seis marchas, também usado pelo novo Nissan Kicks.
O motor, porém, é diferente, porque um SUV médio que pesa 1.439 kg precisa de mais potência. Por isso, a Renault optou por usar o 1.3 TCe, um turbo flex de quatro cilindros e 16 válvulas com injeção direta. É o mesmo da versão de topo de linha do Duster.
São 163 cv de potência e 27,5 kgfm de torque com etanol. Com gasolina, os números são de 156 cv e 25,5 kgfm. Ou seja, o Boreal é menos potente do que os principais rivais, em um SUV de porte maior. Pelo menos o torque não deixa a desejar.
Afinal, o Jeep Compass é equipado com motor 1.3 turbo flex de quatro cilindros em linha aliado a um câmbio automático de seis marchas. Assim, entrega até 176 cv de potência e 27,5 kgfm de torque.
Já o Corolla Cross tem motor 2.0 aspirado flex de quatro cilindros em linha, chamado de Dynamic Force, combinado a um câmbio CVT. Desta forma, tem até 175 cv e 21,3 kgfm. Compare na tabela abaixo:
Para fechar o conjunto mecânico, é hora de falar de freios e de suspensão. Renault Boreal, Jeep Compass e Toyota Corolla Cross têm o mesmo combo: freios a disco nas quatro rodas, sendo ventilados na dianteira e sólidos na traseira.
Já a suspensão é independente McPherson na dianteira e na traseira apenas no Jeep Compass. Os modelos da Renault e da Toyota têm o mesmo sistema na dianteira, mas trazem eixo de torção na traseira. Ou seja, os dois são equipados com uma arquitetura menos sofisticada.
Como o Renault Boreal ainda não foi lançado oficialmente, a lista de equipamentos completa não foi divulgada. Até o momento, sabemos que a versão topo de linha (ainda sem nome) terá 24 sistemas de assistência ao motorista e alguns itens de série interessantes. Desta forma, comparamos abaixo com as opções mais caras dos rivais.
Renault Boreal: carregador de celular por indução, ar-condicionado digital de duas zonas, teto solar elétrico, alerta de ponto cego, controle de cruzeiro adaptativo (ACC), frenagem autônoma emergencial, assistente de centralização e de mudança de faixa, alerta de saída segura, câmera 360º, park assist, central multimídia e painel de instrumentos de 10 polegadas, som Harmon Kardon, ajustes elétricos para banco do motorista e passageiro, massagem para o motorista e rodas de 19 polegadas.
Jeep Compass Serie S: seis airbags, central multimídia de 10,1 polegadas, ar-condicionado digital de duas zonas, painel de instrumentos de 10,25 polegadas, rodas de 19 polegadas, alerta de saída de faixa com correção do volante e centralização, controlador de velocidade adaptativo, frenagem automática de emergência, reconhecimento de placas de trânsito, banco elétrico para o motorista, carregador de celular por indução, detecção de tráfego cruzado, alerta de ponto cego, estacionamento autônomo e teto solar elétrico.
Toyota Corolla Cross XRX: seis airbags, freio de estacionamento eletrônico, ar-condicionado digital de duas zonas, central multimídia de 10 polegadas, painel de instrumentos de 12,3 polegadas, assistente de mudança de faixa, frenagem de emergência, piloto automático, carregador de celular por indução, rodas de 18 polegadas, banco do motorista com regulagem elétrica, teto solar elétrico e alerta de ponto cego.
Enquanto os preços e versões do Renault Boreal não são divulgados, a estimativa é de que a versão de entrada do Boreal custe entre R$ 180 mil e R$ 200 mil. Se isso se confirmar, o SUV ficará posicionado próximo do Compass, que parte de R$ 189.990, e Corolla Cross, que não sai de uma concessionária por menos de R$ 182.990. Já a versão mais cara, a que conhecemos e que está nas imagens, deve se aproximar dos R$ 250 mil.
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Fonte: direitonews