Da Redação
A Bronca Popular
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), quer reduzir de 45 para 30 dias as férias dos professores da rede municipal.
O objetivo não é melhorar a educação, tampouco valorizar os servidores. É simples: pagar menos. A manobra evita o pagamento do adicional de 1/3 sobre os 15 dias de recesso, reduzindo drasticamente os vencimentos dos trabalhadores da Educação.
Abilio tenta convencer a população de que essa “correção” é responsabilidade da gestão anterior. Mas a verdade é outra: a obrigação já existia antes, fruto de norma consolidada. A justificativa do prefeito, portanto, é falaciosa e covarde.
O ataque aos professores é mais que uma escolha orçamentária — é um projeto ideológico. O mesmo político que, como vereador, tirava férias maiores que qualquer professor, agora acusa a categoria de viver de “mordomia”. Não vive.
A reação da população foi imediata e avassaladora. Centenas de comentários nas redes sociais implodiram a proposta do prefeito, acusando-o de perseguição, hipocrisia, desrespeito e desumanidade.
Professores, pais, alunos e cidadãos conscientes denunciaram o retrocesso e ironizaram os que ajudaram a elegê-lo. A revolta é justa: atacar a Educação é atacar o futuro.
Ao mirar quem educa, forma e inspira, Brunini mostra que odeia tudo o que a escola representa: pensamento crítico, consciência política e resistência. Aos que ainda batem palmas, fica o alerta de Brecht: quando vierem por você, já será tarde demais.
Fonte: abroncapopular