O Volkswagen Nivus foi o quarto carro mais emplacado no varejo em junho. Ao todo, foram vendidas 3.504 unidades do SUV cupê compacto no período para pessoas físicas. Segundo dados da Fenabrave, o modelo ficou atrás apenas do trio Hyundai Creta, Honda HR-V e do “rival interno” T-Cross, com o qual voltou a disputar o mercado de forma mais acirrada.
A diferença entre os dois modelos foi de apenas 99 unidades. Parte desse crescimento do Nivus pode ser atribuído ao retorno da versão Sense. A configuração de entrada foi atualizada para a linha 2026 somente em abril, mas manteve o preço antigo de R$ 119.990. O valor é o mesmo cobrado pelo T-Cross Sense.
Diante dessa equivalência de preços entre a dupla, fica a dúvida sobre o que o Nivus “básico” entrega e que pode, de certa forma, levá-lo a manter essa competição interna.
Para responder a essa pergunta, a Autoesporte visitou uma concessionária Volkswagen no Rio de Janeiro. A loja WTotal, localizada no bairro Cachambi, na Zona Norte da capital fluminense, tinha uma unidade da versão Sense exposta no seu showroom.
O Nivus não transmite uma imagem de carro básico à primeira vista. A dianteira traz conjunto ótico de LED. Em comparação com as versões mais completas, a principal diferença visual é a ausência da barra iluminada que conecta os faróis — substituída aqui por um friso com pintura metálica.
As laterais têm retrovisores e maçanetas na cor da carroceria. As rodas de 16 polegadas são de aço. Ao menos, as calotas (iguais às do Polo Track) disfarçam bem a simplicidade da versão. Na traseira, a diferença da versão em relação às mais completas está na falta da iluminação entre as lanternas de LED.
Por dentro, a versão de entrada segue o padrão das demais, incluindo a predominância de plástico rígido na maioria das superfícies. O Nivus Sense só é mais simples no revestimento. Enquanto nas versões mais caras bancos e apoios de braço das portas dianteiras são de couro, na versão básica o material escolhido é o tecido.
O painel exibe acabamento brilhante com aparência de fibra de carbono, enquanto nas versões superiores essa peça é revestida em couro sintético. A configuração perde também o descansa braço e o porta-objetos no console central.
Na lista de equipamentos, o Nivus Sense traz quadro de instrumentos digital de 8 polegadas — contra 10,25 polegadas nas versões mais caras. A central multimídia VW Play de 10”, com espelhamento sem fio via Android Auto e Apple CarPlay, é a mesma das demais configurações.
O ar-condicionado é manual, e não há saídas de ar para o banco traseiro. Pelo menos, os vidros são elétricos nas quatro portas e os retrovisores têm ajuste elétrico. O carregamento de celulares é possível através das duas portas USB tipo C instaladas no console. A chave é do tipo canivete.
A segurança não é um problema no Nivus Sense. Apesar de não contar com o controle de velocidade adaptativo das versões topo, a configuração entrega um bom pacote de série. Entre os destaques estão os seis airbags (frontais, laterais e de cortina), sistema de frenagem de emergência e o monitor de pressão dos pneus.
Completam a lista de itens os controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e fixação Isofix e Top Tether para cadeirinhas infantis. A versão vem ainda com sistema start-stop e piloto automático.
O Nivus ganha em alguns aspectos e perde em outros para o T-Cross quando o assunto é espaço interno. O SUV Cupê é maior no comprimento (4,27 metros) e tem um porta-malas mais generoso (415 litros). Porém, a cabine é menos ampla, com entre-eixos de 2,56 m, contra 2,65 m do T-Cross.
A motorização é a mesma das demais versões, exceto pela GTS. O modelo de entrada usa motor 1.0 200 TSI, com 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque com etanol. Abastecido de gasolina, o propulsor rende 116 cv, mas o torque se mantém. O câmbio é automático de seis marchas.
Segundo dados do Inmetro, o consumo do Nivus Sense é de 8,6 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada usando etanol. Com gasolina, os números sobem para 12,4 km/l e 14,8 km/l, respectivamente.
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Fonte: direitonews