Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Uma força-tarefa iniciou nesta quinta-feira (26) a demolição de três prédios construídos ilegalmente por traficantes na comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro. As edificações, que ocupavam uma área de cerca de 2 mil m² na região conhecida como Dionéia, foram erguidas sem licença da prefeitura e apresentavam risco de desabamento após o desmatamento da encosta onde estavam localizadas.
Um dos prédios chamou a atenção das autoridades por abrigar uma cobertura de alto padrão com piscina, cozinha gourmet e geladeira abastecida com bebidas, além de oferecer vista para o mar de São Conrado. Durante a operação, policiais encontraram ainda uma passagem secreta que levava a uma escada escondida na mata, possivelmente utilizada como rota de fuga.
Por conta da dificuldade de acesso das máquinas ao local, a demolição está sendo feita manualmente, com o auxílio de marretas. As construções, que variavam entre dois e sete andares, possuíam acabamento interno sofisticado e, segundo cálculos de engenheiros da Prefeitura do Rio, custaram cerca de R$ 6 milhões aos responsáveis.
“Essas construções são absolutamente ilegais e colocam em risco a vida das pessoas que ali estão”, afirmou o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), os imóveis serviam de esconderijo para integrantes do Comando Vermelho oriundos do Ceará. No fim de maio, uma operação policial prendeu e localizou diversos chefes do tráfico cearense que haviam se refugiado na Rocinha. Na ocasião, dezenas de criminosos fugiram em comboio por trilhas da mata da Dionéia — mesma área onde agora ocorrem as demolições.
A ação desta quinta-feira foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente do MPRJ (GAEMA/MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público (CSI/MPRJ), da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), da Polícia Militar do Estado do Rio (PMERJ), do Ministério Público do Ceará (MPCE) e da Polícia Civil cearense.
O policiamento na região foi reforçado por equipes do Comando de Operações Especiais (COE), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), do Batalhão de Choque (BPChq) e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, que atuaram nos principais acessos da comunidade para garantir a segurança da operação.
Fonte: gazetabrasil