A Mercedes-AMG promete seguir firme com o desenvolvimento de esportivos elétricos e apresenta os primeiros detalhes do GT XX Concept, que alcança 360 km/h de velocidade máxima. O supercarro antecipa como serão os próximos modelos da divisão esportiva e, em especial, adianta as linhas do esperado cupê de quatro portas sucessor do atual AMG GT. Autoesporte separou cinco coisas absurdos do conceito que dará vida a um carro de produção em 2026 para ser rival do Porsche Taycan.
No visual, o conceito traz uma linha meio retrô, mas claro, com muito toque de modernidade. O capô não tem muitos vincos e, para manter a identidade visual, a grade frontal característica da AMG, com dez barras verticais, incorpora formato mais oval e côncavo, mantendo a estrela da Mercedes-Benz em destaque no centro. Vale lembrar que carro elétrico não precisa ter grande como os carros a combustão, porém a marca decidiu fazer essa mescla e manter a “essência AMG”.
Há ainda iluminação em LED em todo o contorno, gerando efeito visual único. Logo acima, os faróis principais dispostos verticalmente têm luzes baixas e altas sobrepostas. Já o capô chama atenção pelas saídas de ar bipartidas, como em carros de competição.
Na traseira, o GT XX Concept tem seis lanternas circulares em vermelho-escuro que formam assinatura luminosa exclusiva. Entre as peças, há um display de LED pixelado que exibe o logotipo AMG. Visto de perfil, o conceito chama atenção pelas fluidez das linhas, maçanetas retráteis e rodas aerodinâmicas de 21 polegadas, que contribuem para o coeficiente de arrasto de apenas 0,198.
Por dentro, o protótipo tem painel quase totalmente preto com luzes ambiente na cor laranja. O cockpit tem duas telas integradas, seguindo o padrão da marca, e ergonomia interinamente focada na condução. O esquema é formado pelo painel de instrumentos de 10,25 polegadas e pela central multimídia sensível ao toque de 14 polegadas. Os displays são ergonomicamente angulados em direção ao motorista e rodam o MBUX em sua versão mais recente.
O habitáculo tem ainda materiais reciclados e elementos de fibra de carbono, como os bancos dianteiros com cintos de segurança de seis pontos. O volante é semelhante ao do AMG One, com formato quase retangular e dois suportes horizontais de cada lado. Há ainda um display na coluna de direção que utiliza diferentes códigos de cores por meio de oito LEDs para sinalizar o estado de carga (azul), a recuperação e o desempenho atual (vermelho).
A adoção da nova plataforma AMG.EA proporciona ao GT XX o uso de um conjunto de motores elétricos com fluxo magnético axial. Ao todo são, três propulsores: um localizado no eixo dianteiro e dois nas rodas traseiras. As unidades foram desenvolvidas pela empresa britânica Yasa, de propriedade da Mercedes-Benz, e têm potência total superior a 1.000 kW (ou seja, mais de 1.360 cv).
A marca explica que os motores de fluxo axial são significativamente mais compactos, leves e, acima de tudo, mais potentes do que os motores elétricos convencionais (de fluxo radial). Em um motor axial, o fluxo eletromagnético flui paralelamente ao eixo de rotação do motor. Já em um motor elétrico convencional, o fluxo flui perpendicularmente ao eixo de rotação.
A fabricação dos propulsores é realizada pela própria Mercedes-Benz em Berlim (Alemanha), e envolve cerca de 100 processos de produção. Aproximadamente 65 desses processos são novos para a marca e 35 deles são inéditos em todo o mundo, incluindo tecnologias a laser e sistemas de inteligência artificial.
A velocidade máxima supera os 360 km/h, o que não é nada mal para um carro com 5,20 metros de comprimento, 1,94 m de largura (excluindo os retrovisores externos) e 1,31 m de altura. A distância entre-eixos e a altura em relação ao solo ainda não foram divulgadas. Para se ter uma ideia, em 2025 a velocidade máxima que um carro de Fórmula 1 chega, em média, é de 340 km/h.
A AMG também não divulgou a capacidade e nem imagens da bateria, mas sabe-se que possui carcaça de alumínio e mais de 3 mil células cilíndricas finas e alongadas. O resfriamento é feito com óleo dielétrico, fornecido uniformemente por canais especiais para cada célula. A autonomia ainda não foi revelada, mas a empresa afirmou que em apenas cinco minutos é possível carregar a bateria por uma distância de 400 km (com base no ciclo WLTP).
A versão de produção do GT XX chegará ao mercado em 2026 e promete rivalizar diretamente com o compatriota Porsche Taycan. A Mercedes-AMG deposita fortes expectativas no modelo e na plataforma AMG.EA, tanto que haverá também um SUV de alta performance baseado na mesma arquitetura.
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Fonte: direitonews