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O extintor de incêndio que estava no cesto do balão que caiu em Praia Grande, no sul de Santa Catarina, neste sábado (21), não funcionou ao ser acionado. A informação foi revelada pela Polícia Civil, em depoimento do piloto da estrutura, que sobreviveu à tragédia que deixou oito mortos.
O acidente ocorreu na manhã de hoje, em uma região conhecida como Capadócia brasileira, famosa pela prática do balonismo. Além do piloto, cinco dos treze sobreviventes já prestaram depoimento à polícia.
“Segundo o que foi identificado, o extintor não funcionou e aí, não foi possível apagar [o fogo]. O balão, então, ele sobe um pouco, vai até o solo. Um conjunto de pessoas, que são 13, conseguem sair nesse primeiro momento. O balão acaba ficando leve em razão da saída dessas pessoas e aí ele sobe novamente”, explicou o delegado-geral Ulisses Gabriel.
As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas, mas a informação preliminar da polícia é que as chamas começaram no cesto, provavelmente causadas por um maçarico. A empresa Sobrevoar, responsável pelo balão, está ativa desde setembro de 2024 e possuía documentação regular para operar, conforme o delegado-geral. A empresa já informou que suspendeu suas atividades e que o piloto tentou salvar todos a bordo.
Das oito vítimas fatais, quatro morreram carbonizadas no cesto do balão e outras quatro na queda de cerca de 45 metros de altura. Os nomes não foram divulgados, mas a polícia confirmou que todos eram maiores de idade. Entre feridos e vítimas, 18 são moradores de Santa Catarina, dois do Rio Grande do Sul e um de São Paulo.
Em relação aos feridos, dois sofreram queimaduras de segundo grau, mas estão bem e receberam alta ainda neste sábado. Outras três vítimas foram atendidas com luxações e dores pelo corpo, e todos os pacientes que foram atendidos no local ou no hospital também receberam alta.
Investigação e Condições Climáticas
As polícias Civil, Militar e Científica estão investigando os detalhes do incêndio e aguardam laudos e perícias para determinar as causas exatas. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) acompanha o caso.
Apesar do sol na região no momento do acidente, o delegado-geral Ulisses Gabriel afirmou que havia previsão de instabilidade. A polícia vai apurar se as condições climáticas podem ter contribuído para o incêndio e a subsequente queda do balão.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o balão no alto em chamas, com pessoas desesperadas pulando. De acordo com a Polícia Civil, o piloto relatou que, durante a emergência, o balão conseguiu descer próximo ao chão, momento em que foi orientada a saída das pessoas. A maioria conseguiu desembarcar, mas a estrutura voltou a subir em seguida. O balão tinha capacidade para até 27 pessoas e uma carga de até 2.870 quilos. A estrutura sozinha pesava 850 quilos.
Fonte: gazetabrasil