Quando foi lançado no início de 2018, o Volkswagen Virtus surgiu como uma resposta moderna e refinada à antiga fórmula de sedã compacto. Derivado do Polo, com quem compartilha a plataforma modular MQB A0, chegou com proporções generosas, visual limpo e soluções de conforto e segurança dignas de segmentos superiores.
A proposta era clara: oferecer a praticidade e eficiência de um sedã compacto com o espaço e o comportamento dinâmico de um médio — tudo isso sem se render ao apelo dos SUVs, que já dominavam o mercado naquela época.
O Virtus rapidamente se destacou entre os sedãs por sua dirigibilidade precisa, conjunto bem acertado e boa oferta de versões, motores e equipamentos. Conquistou tanto famílias em busca de espaço quanto motoristas que valorizam desempenho e tecnologia. Além disso, a mecânica consagrada e o generoso porta-malas o tornaram uma alternativa racional para quem ainda prefere três-volumes tradicionais em vez de utilitários esportivos altos e menos aerodinâmicos.
Mesmo com a ascensão dos SUVs, o Virtus permaneceu como um dos sedãs mais completos do mercado nacional. E após reestilização em 2023, reforçou seu apelo com novas versões, motorizações atualizadas e mais conteúdo tecnológico. Por isso, o modelo ainda é uma escolha interessante no mercado de usados, tanto nas versões aspiradas e turbo mais simples quanto nas mais equipadas.
Este guia de compra analisa os principais pontos do sedã compacto da Volkswagen: motorização, versões, equipamentos, pontos de atenção e o custo-benefício. Confira:
Construído sobre a plataforma modular MQB A0, o Virtus fica acima dos sedãs compactos tradicionais em termos de espaço e refinamento. Tem 4,48 metros de comprimento, 1,75 m de largura, 1,46 m de altura e 2,65 m de entre-eixos — o mesmo do Jetta até a geração anterior. O porta-malas, com 521 litros, é um dos maiores da categoria.
Volkswagen Virtus 2026: preços, versões, equipamentos e consumo
A suspensão segue o conhecido conjunto da Volkswagen: McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. A direção é elétrica e há bom isolamento acústico, além de posição de dirigir confortável e boa ergonomia. O acabamento interno prioriza praticidade e durabilidade, com plásticos rígidos, porém bem montados.
Entre 2018 e 2022, o Virtus foi oferecido com três motores. O mais simples é o 1.6 MSI de até 117 cv e 16,5 kgfm, com câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis. Robusto, mas de desempenho modesto, é mais voltado ao público que prioriza durabilidade e baixo custo de manutenção.
As versões Comfortline e Highline usam o motor 1.0 TSI, três-cilindros turbo, injeção direta, que entrega até 128 cv e 20,4 kgfm, sempre com câmbio automático de seis marchas. É o mais equilibrado da linha, oferecendo desempenho animado com baixo consumo.
No topo da gama, o Virtus GTS traz o 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm, também com câmbio automático de seis marchas. Com ele, o sedã acelera de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos e se diferencia ainda pelos freios a disco nas quatro rodas, suspensão com calibração esportiva e modos de condução ajustáveis.
Volkswagen Virtus Sense: como é a versão de entrada do sedã
O facelift de 2023, bom frisar, trouxe mudanças importantes. O motor 1.6 MSI saiu de cena, e o 1.0 TSI passou a equipar a nova versão de entrada (TSI) e a Comfortline. A versão topo de linha Exclusive passou a usar o 1.4 TSI; já que a esportiva GTS foi descontinuada.
O visual foi atualizado, com novos faróis de LED, grade redesenhada e interior com central multimídia VW Play e quadro de instrumentos digital. O sedã compacto também ganhou equipamentos de segurança como frenagem automática de emergência e ACC (controle de cruzeiro adaptativo) nos pacotes mais completos.
Ao longo de sua trajetória, o Volkswagen Virtus contou com uma gama de versões bem definida, que foi sendo ajustada conforme ano/modelo e o perfil de consumidores. O sedã compacto chegou primeiro nas versões MSI 1.6 aspirado, Comfortline e Highline, ambas com motor 1.0 TSI. Em 2020, estreou a aguardada versão GTS, com motor 1.4 turbo, e a linha passou por reestilização anos depois, ganhando novos nomes e equipamentos.
A versão MSI era a mais básica da gama, equipada com motor 1.6 aspirado e câmbio manual de cinco marchas. Trazia direção elétrica, ar-condicionado, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas, rádio com USB e Bluetooth, banco do motorista com ajuste de altura e rodas de aço com calotas aro 15. Apesar da simplicidade, o Volkswagen Virtus MSI já se destacava pelo bom espaço interno e acabamento condizente com o padrão da marca.
A versão Comfortline trazia o eficiente motor 1.0 TSI com injeção direta e câmbio automático de seis marchas. Era mais completa, com vidros elétricos nas quatro portas, retrovisores elétricos com repetidores de seta, central multimídia com tela sensível ao toque, sensores de estacionamento traseiros, piloto automático, volante multifuncional e rodas de liga leve aro 15. Já o acabamento interno ganhava revestimentos de melhor qualidade e detalhes cromados.
O Virtus Highline, posicionado como a versão topo de linha até a chegada do GTS, adicionava rodas aro 16, ar-condicionado digital, painel com quadro de instrumentos digital (Active Info Display), bancos parcialmente revestidos em couro, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, chave presencial com partida por botão e retrovisor interno eletrocrômico. Essa versão também incluía mais airbags e detalhes cromados externos.
Lançado em 2020, o Virtus GTS era a versão esportiva da linha, com motor 1.4 TSI de 150 cv e visual exclusivo. Trazia para-choques com desenho agressivo, faróis em LED, rodas aro 17 com acabamento diamantado, suspensão com acerto mais firme, além de logotipos GTS por fora e por dentro. Internamente, bancos com costuras vermelhas, volante com base reta e painel com detalhes escurecidos davam o tom esportivo. Outro diferencial técnico importante dessa versão era o uso de freios a disco nas quatro rodas, item raro entre os sedãs compactos.
Após o facelift, o Virtus passou a adotar novos nomes para suas versões. A de entrada foi rebatizada como TSI, equipada com motor 1.0 turbo e câmbio manual. Ela trazia seis airbags, controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e central multimídia com espelhamento via Android Auto e Apple CarPlay, mesmo sendo a mais acessível da gama.
A nova versão Comfortline manteve o motor 1.0 TSI, mas com câmbio automático e adição de itens como câmera de ré, rodas aro 16, volante multifuncional revestido em couro, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e sistema start-stop.
Já a versão Highline manteve a proposta de acabamento mais refinado, com bancos de couro, painel digital, carregador por indução e faróis full-LED. A versão Exclusive, topo de linha pós-facelift, passou a contar com motor 1.4 TSI, antes restrito à GTS, e trazia todos os itens das versões inferiores, com o acréscimo de teto solar, sistema de som Beats e pacote estético exclusivo.
O Volkswagen Virtus se destaca no segmento por entregar espaço, segurança e comportamento dinâmico superiores à média, com versões para diferentes perfis. As configurações com motor 1.0 TSI, especialmente a Comfortline, são as mais equilibradas em custo-benefício: bom desempenho, consumo baixo e equipamentos relevantes.
Já o Virtus 1.6 automático é uma boa opção entre os sedãs com câmbio tradicional para quem busca economia e robustez, superando concorrentes que usavam caixas automatizadas menos confiáveis.
O Virtus GTS, por sua vez, oferece uma experiência esportiva bem legal, com visual exclusivo e desempenho convincente, ainda que com preços e custos de manutenção mais elevados. O Virtus se mantém atual e competitivo, e é uma ótima escolha entre os sedãs compactos.
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Fonte: direitonews