O BYD Yuan Pro, conhecido como o SUV do Dolphin, chegou há menos de um ano no Brasil. À venda em versão única por R$ 182.800, se tornou o SUV elétrico mais barato do país. O modelo foi eleito como elétrico de melhor custo no Qual Comprar 2025, de Autoesporte, garantindo o bicampeonato da categoria para a BYD.
O modelo também desbancou o Dolphin por oferecer mais espaço interno e o tão aclamado estilo “altinho”. Fora isso, manteve o preço da época do lançamento e hoje custa o mesmo que versões intermediárias de modelos de porte semelhante a combustão.
Vale lembrar que o Qual Comprar é um guia da revista Autoesporte que avalia e compara carros, ajudando os consumidores a escolherem o melhor modelo para suas necessidades. E a edição 2025, de forma inédita, analisou mais de 180 modelos de carros.
O SUV compacto derrapa ao deixar de lado equipamentos de segurança ativa, mas se defende com uma série de itens de conforto, como ajustes elétricos no banco do motorista, multimídia de 12,8 polegadas com conexões sem fio, painel digital, carregador por indução e freio de estacionamento eletrônico. O motor de 177 cv promete desempenho esperto na cidade.
Já o kit de baterias de 45,1 kWh entrega alcance de 250 km. A cesta de peças está entre as mais acessíveis e o plano de revisões fica dentro da média, da mesma forma que o seguro. A desvalorização, tão temida entre os elétricos, não é muito diferente em relação à de SUVs a gasolina.
Ponto positivo: Lista de equipamentos de conforto e espaço interno
Ponto negativo: Porta-malas é pequeno; faltam itens de segurança ativa
Ele continua sendo um dos elétricos mais baratos do Brasil. E segue firme como o mais vendido no país, graças à proposta racional. O motor gera 75 cv e 13,8 kgfm e promete alcance de 280 km. O modelo tem espaço suficiente para quatro pessoas, porém o porta-malas de 230 litros é sofrível. Quanto aos equipamentos, vem com o suficiente para viver com dignidade no trânsito. Os preços de seguro e peças se mantêm entre os mais baixos da categoria. As revisões poderiam ser mais baratas, considerando que é um carro elétrico.
Foi o Dolphin que provocou uma guerra de preços no segmento, e continua entre os líderes de licenciamentos. Mas o vencedor do ano passado perdeu para o “fogo amigo” do Yuan Pro. Os 95 cv da versão de entrada, GS, são competentes, mas a opção Plus gera 204 cv, tem acabamento superior e mais equipamentos de segurança. Os valores cobrados pelas peças estão na média, e o plano de revisões é só um pouco mais caro do que o do Dolphin Mini. O seguro merece atenção, pois a apólice é cara.
Ele surgiu meio de surpresa com o Song Plus em 2023 e perdeu um pouco dos holofotes com a chegada de outros veículos mais baratos — da BYD e de outras marcas. Em relação aos outros elétricos da montadora, defende-se com um pacote completo de ADAS, espaço generoso de SUV grande e bom desempenho do motor de 204 cv. A autonomia de 294 km não é das maiores, assim como o porta-malas. Fica devendo custos mais amigáveis de peças e seguro. Nas revisões, empata com os irmãos Yuan Pro e Dolphin.
Com seu jeito retrô, o Ora engana no tamanho e oferece espaço interessante na cabine, tal qual seu principal adversário, o Dolphin. O chamariz fica por conta da lista de equipamentos, que inclui ACC, frenagem de emergência, sensor de ponto cego e câmera 360 graus, entre outros. Na versão Skin, o motor entrega 171 cv e 25,5 kgfm, e promete autonomia de 232 km. Tem plano de manutenções mais espaçado (e barato) que o do maior rival, mas perde por ter preço de compra mais alto.
Ter um carro da JAC é um desafio, especialmente devido à rede autorizada pequena e à liquidez ruim. A despeito disso, oferece boa dirigibilidade e um motorzinho de 62 cv forte o suficiente para andar na cidade. Contudo, a autonomia é uma das menores do Brasil: somente 161 km. Lembre-se de que é um subcompacto e o espaço é limitado, assim como a lista de equipamentos. A cesta de peças está entre as mais caras, mas as revisões têm valores competitivos, já o seguro está na média.
Se o futuro da Neta é incerto, indicar a compra do hatch Aya parece uma temeridade. De todo modo, o modelo tem motor de 95 cv alimentado por baterias de 40,7 kWh que asseguram autonomia de 268 km. O espaço interno é pior que o do Dolphin, mas o porta-malas acomoda 330 litros. Oferece carregador de celular por indução e multimídia. A cesta de peças tem preço parelho com os do segmento e as revisões são grátis até cinco anos de uso — isso se a marca estiver viva até lá. Hoje, há pouquíssimos pontos abertos no país.
O X sofre do mesmo mal do Aya: é um carro da Neta. Se tivesse uma marca estabelecida por trás, poderia fazer mais sucesso. Afinal, tem um conjunto interessante, formado por motor de 163 cv e bateria de até 64,1 kWh, que garante bom alcance de 317 km.
A opção também agrega itens de auxílio à condução, como ACC, frenagem de emergência e alertas de tráfego cruzado, colisão frontal e mudança de faixa. Assim como o Aya, tem plano de manutenção gratuito, porém os valores das peças assustam. O seguro fica no meio-termo.
A novata começou os trabalhos com esse SUV elétrico importado em versão única com motor de 204 cv e 34,7 kgfm. O E5 cumpre o 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e oferece alcance de 345 km com uma carga. A garantia de sete anos é um diferencial. Entre os itens de série, ar de duas zonas, ACC, frenagem autônoma, assistente de manutenção em faixa, teto solar e bancos com ventilação e aquecimento. Sem referenciais de seguro e desvalorização, podemos dizer que as peças são caras e as revisões estão na média.
Antes de os chineses passarem por aqui como um trator, o Kwid E-Tech era rei. Vencedor do QC 2023, baixou o preço para menos de R$ 100 mil depois da chegada de BYD e GWM, porém de pouco adiantou e perdeu competitividade (e voltou ao preço de antes). O espaço é limitado e os itens de série ficam dentro do aceitável. O motor de 65 cv promete 265 km de autonomia. Vale-se dos menores custos de manutenção, revisão e seguro da categoria, o que o torna atraente no atacado, especialmente para frotistas e locadoras.
Dizem que o elétrico “popular” da marca de luxo sueca foi pensado para a Geração Z, tamanho o minimalismo na cabine. Os instrumentos e várias funções, por exemplo, se concentram na central multimídia com tela de 12,3”. Só o que não é minimalista é o preço das peças, mais caras que as do Porsche Macan, mesmo com uma cesta menor. Para amenizar, as revisões são as mais baratas de todo o QC e o motor traseiro de 272 cv e 35 kgfm garante diversão ao volante, com 0 a 100 km/h em 5,3 segundos.
Existem diferenças na blindagem de carros elétricos em relação à dos modelos a combustão. A primeira é o peso da blindagem, mais leve para não afetar muito a autonomia. O polietileno de alta performance, que pesa cerca de um terço do aço, pode ser usado nesse tipo de serviço. Mas a maior preocupação é com a segurança dos trabalhadores, já que estamos falando de alta tensão. As oficinas precisam ter pisos especiais e tintas que descarregam a eletricidade estática. Para saber mais, clique aqui e leia a matéria completa.
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Fonte: direitonews