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A Polícia Científica de São Paulo confirmou que o empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, encontrado morto em um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital paulista, sofreu lesões nos joelhos antes de morrer por asfixia. Os laudos indicam que a vítima sofreu uma morte violenta, e o caso agora é investigado como homicídio.
O laudo anatomopatológico identificou um fragmento de pele com escoriação no joelho do empresário, acompanhado de hemorragia nos tecidos da região, o que comprova que o ferimento ocorreu ainda em vida. A causa da morte, segundo o laudo necroscópico, foi asfixia, possivelmente por esganadura ou compressão torácica.
A investigação ainda busca esclarecer as circunstâncias da morte. Adalberto desapareceu em 30 de maio após participar de um evento de motociclismo no autódromo. Seu corpo foi encontrado no dia 3 de junho por um funcionário da obra, dentro de um buraco com cerca de 3 metros de profundidade e 70 centímetros de diâmetro. Ele estava sem calça e sem tênis.
De acordo com a Polícia Civil, o corpo apresentava escoriações no pescoço que sugerem esganadura. Outra linha de apuração é a possibilidade de o empresário ter tido os pulmões comprimidos por um joelho, o que também poderia causar a asfixia identificada nos laudos.
O amigo que esteve com Adalberto no dia do desaparecimento, identificado como Rafael, disse à polícia que os dois haviam consumido cerveja e maconha. No entanto, exames toxicológicos não detectaram a presença de álcool, drogas ilícitas ou medicamentos no organismo do empresário. A delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), classificou a informação como “curiosa”, já que essas substâncias normalmente deixam vestígios detectáveis. Ainda assim, os investigadores ponderam que o estado avançado de decomposição pode ter dificultado a detecção.
Diante das divergências entre o depoimento e os laudos, Rafael foi novamente ouvido pela polícia. Durante uma oitiva de cerca de seis horas, ele passou por um processo de perfilamento criminal, conduzido por peritos, psicólogos e criminólogos, com o objetivo de colaborar na construção de um perfil psicológico e comportamental.
O sangue encontrado dentro do carro de Adalberto, que estava estacionado em local proibido no kartódromo anexo ao autódromo, ainda está sendo analisado pelo Instituto Médico Legal (IML). A polícia, no entanto, considera que as manchas podem ter origem anterior ao crime e não estariam diretamente ligadas à morte.
Imagens de câmeras de segurança mostram o empresário caminhando pelo estacionamento momentos antes do desaparecimento. A polícia trabalha com a hipótese de que alguém tenha o colocado dentro do buraco onde seu corpo foi posteriormente encontrado. Adalberto tinha 35 anos e era dono de uma ótica.
Fonte: gazetabrasil