Tensão entre Índia e Paquistão: capacidades militares ampliam risco de conflito, diz mídia


Desde o confronto militar entre Índia e Paquistão em 2019, ambos os países aprimoraram significativamente suas capacidades militares, aumentando os riscos de uma escalada mesmo em conflitos limitados. Segundo especialistas e ex-oficiais que falaram à Reuters, embora o uso de armas nucleares ainda seja improvável, a possibilidade de um conflito convencional mais intenso é real e preocupante.
De acordo com a apuração, as tensões voltaram a crescer após um ataque mortal a turistas na Caxemira indiana em abril deste ano, pelo qual a Índia responsabilizou o Paquistão. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, prometeu uma retaliação severa, enquanto Islamabad negou envolvimento e alertou que responderá a qualquer agressão.
O histórico de confrontos entre os dois países é longo, com três guerras e diversos embates desde a independência, principalmente pela disputa da Caxemira. Para tornar a situação ainda mais complexa, ambos possuem armas nucleares desde os anos 1990, o que torna qualquer escalada militar especialmente perigosa.
Especialistas afirmam que, embora o uso de armas nucleares seja improvável, um conflito limitado envolvendo aeronaves, mísseis e drones pode rapidamente sair do controle, já que existe uma paridade tecnológica em algumas áreas e o aumento da disposição para correr riscos em outras.
Soldados do exército indiano patrulham a Linha de Controle (LoC, na sigla em inglês) entre a fronteira da Índia e do Paquistão em Poonch, a cerca de 250 quilômetros de Jammu, Índia, 18 de dezembro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 04.05.2025

Desde 2019, Índia e Paquistão adquiriram novos equipamentos militares, o que amplia suas opções de ataque convencional. A Índia, por exemplo, incorporou 36 caças Rafale de fabricação francesa, enquanto o Paquistão passou a operar o avançado caça chinês Chengdu J-10.
Essas aeronaves estão equipadas com mísseis de longo alcance: o Rafale com o Meteor e o J-10 com o PL-15, aumentando a capacidade de combate aéreo de ambos os lados. Isso representa uma mudança significativa em relação ao conflito anterior, quando a Índia dependia de caças russos de gerações mais antigas.
Para reforçar suas defesas antiaéreas, a Índia adquiriu o sistema antiaéreo russo S-400, considerado um dos mais avançados do mundo. O Paquistão, por sua vez, obteve o HQ-9 da China, baseado no sistema russo S-300, embora com capacidades um pouco inferiores.
Com ambos os lados mais bem armados e confiantes em suas capacidades, o risco de um novo confronto é elevado. Especialistas alertam que a ausência de uma compreensão mútua clara sobre os limites de ação pode levar a uma escalada não intencional, tornando a situação na Caxemira ainda mais instável.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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