Atlas da Violência: Brasil registra queda de 20,3% nos homicídios em 10 anos, mas ainda figura entre os mais violentos do mundo


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O Brasil registrou uma redução de 20,3% no número de homicídios entre 2013 e 2023, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (13) pelo Atlas da Violência, estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Apesar da queda, o país segue entre os mais violentos do mundo.

Em 2023, o Brasil contabilizou 45.747 homicídios, uma leve redução de 1,4% em relação a 2022, que teve 46.409 mortes. Já comparado ao pico da violência em 2017, com 65.602 assassinatos, a queda chega a 30,2%.

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“Quando a gente olha de forma desagregada as unidades federativas, a gente vê que esse é um processo mais longevo. Algumas já estão diminuindo a violência há muitos anos. A grande guerra do narcotráfico acabou escondendo o que estava acontecendo em vários estados brasileiros”, destacou Daniel Cerqueira, pesquisador do Ipea e coordenador do estudo.

Segundo o Atlas, os principais fatores que explicam a queda dos homicídios no país são o envelhecimento da população, a trégua entre facções criminosas e mudanças na política de segurança pública, com ênfase em ações mais estratégicas e preventivas.

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Os maiores recuos em 2023 ocorreram no Rio Grande do Norte (-18,8%), Paraná (-15,2%) e Amazonas (-13,4%). Em contrapartida, estados como Amapá (41,7%), Rio de Janeiro (13,6%) e Pernambuco (8%) apresentaram aumento da violência letal.

A violência, no entanto, continua concentrada em grupos vulneráveis. Jovens entre 15 e 29 anos foram as principais vítimas, somando quase metade dos homicídios registrados em 2023 — uma média de 60 assassinatos por dia. Desde 2013, mais de 312 mil jovens foram mortos no país.

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O Atlas ainda revela um crescimento preocupante de 36,2% nas notificações de violências não letais — como agressões físicas, psicológicas e sexuais, além de negligência — contra crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. Em 2023, foram 115.384 atendimentos, um número recorde.

No caso das mulheres, os dados também são alarmantes. Os homicídios contra mulheres cresceram 2,5% em 2023. As mulheres negras representam 68,2% das vítimas, e Roraima teve a maior taxa, com 10,4 homicídios por 100 mil mulheres. A violência doméstica também aumentou, com 177 mil atendimentos no ano — alta de 22,7%. Um em cada quatro casos envolveu vítimas com até 14 anos.

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Outros dados preocupantes envolvem os povos indígenas, que apresentaram taxa de homicídio de 22,8 por 100 mil — acima da média nacional — e pessoas com deficiência, especialmente mulheres com deficiência intelectual, que sofrem altos índices de violência, sobretudo dentro de casa.

A subnotificação também é apontada como desafio. O levantamento estima que 51.608 mortes violentas entre 2013 e 2023 foram, na verdade, homicídios não registrados, o que elevaria o total real para 650 mil vítimas no período. A boa notícia é que 21 estados conseguiram reduzir esse tipo de erro. No Espírito Santo, por exemplo, os homicídios ocultos caíram de 205 em 2022 para apenas 7 em 2023.

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A edição de 2025 do Atlas traz ainda um alerta sobre os acidentes de trânsito, que causaram 392 mil mortes entre 2010 e 2019 — um aumento de 13,5% em relação à década anterior. As motocicletas foram apontadas como fator de risco, especialmente no Nordeste. No Piauí, por exemplo, 7 em cada 10 mortes no trânsito envolvem esse tipo de veículo.

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Fonte: gazetabrasil

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