Secretária de Abílio vira piada ao prender rapazes fantasiados sem nenhuma prova de crime


Da Redação

A Bronca Popular

A secretária de Ordem Pública de Cuiabá, delegada Juliana Palhares, protagonizou nesta segunda-feira (19) um espetáculo vergonhoso que envergonharia até os roteiristas mais ousados de uma comédia pastelão.

Com base em suposições, boatos e nenhuma prova minimamente consistente, ela mandou prender cinco rapazes fantasiados de palhaço, que pediam doações em sinaleiros da região central da capital.

Alegando que os jovens faziam parte de uma “quadrilha de estelionatários”, Palhares se antecipou à polícia judiciária, atropelou a legalidade e decidiu fazer justiça com as próprias convicções — ainda que equivocadas. Quis ser xerife, terminou palhaça.

A história, claro, desmoronou em poucas horas.

O delegado responsável pelo caso, Eduardo Ribeiro, foi claro: não houve flagrante, não houve fraude, não houve vítimas. Todas as pessoas contatadas pela Polícia Civil confirmaram que doaram exatamente os valores que aparecem nas transações — de livre e espontânea vontade.

Ou seja, o grande esquema criminoso denunciado pela secretária era, na verdade, um mal-entendido alimentado por sensacionalismo e zero profissionalismo. Uma acusação pública irresponsável, feita por quem deveria zelar pela legalidade e não agir como justiceira de rede social.

Nas redes, o episódio virou piada: “A delegada fez palhaçada com os palhaços”, disseram internautas. Mas o caso é grave demais para ser apenas folclórico. A secretária expôs publicamente cinco cidadãos, sem qualquer elemento concreto, rotulando-os como criminosos. Se a intenção era ganhar visibilidade, ela conseguiu — da pior forma.

Agora, resta à delegada rezar para que os rapazes injustamente detidos e difamados não resolvam cobrar judicialmente o preço da arbitrariedade. Porque, ao contrário das acusações que ela lançou, neste caso há prova, há registro, há dano à imagem. E o CPF da senhora secretária pode acabar arcando com a indenização.

Juliana Palhares, ao que parece, incorporou a lógica do governo a que serve: muito barulho, pouca entrega, e zero responsabilidade. Mas, se em outras pastas os estragos são silenciosos, na sua a lambança é pública, teatral e vergonhosa.

E no fim, a única fraude comprovada foi a tentativa de transformar uma fantasia em flagrante. Isso sim foi um verdadeiro espetáculo de horror.


Fonte: abroncapopular

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