Documentos publicados recentemente pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) revelam que a Citroën registrou no Brasil o desenho da nova geração do C3. Trata-se da variante vendida na Europa desde 2023 e que difere da versão brasileira em design, equipamentos e motorização. Em comum, os dois modelos compartilham apenas a plataforma Smart Car do grupo Stellantis.
O registro, por si só, não é garantia de lançamento imediato no Brasil, mas desde já revela o interesse da marca em resguardar os direitos sobre o modelo no mercado nacional. Além disso, pode indicar um possível planejamento da Citroën para trazer ao país a versão elétrica do modelo, já ofertada na Europa. A marca, bom frisar, carece de um representante no crescente segmento de compactos EVs no país.
Nesse aspecto, a fabricante destoa até mesmo da Peugeot, que ao menos tem o e-2008 em oferta no portfólio nacional. Trazer o ë-C3 ao mercado brasileiro, portanto, seria estratégico para os planos de eletrificação da Stellantis. Na Europa, o modelo custa a partir de 23.300 euros (algo como R$ 146 mil em conversão direta).
Apesar de ser baseado na mesma plataforma Smart Car, o C3 da Europa não lembra em nada o do Brasil. O design reflete uma versão mais atualizada da filosofia estética da marca, com destaque para o logotipo redesenhado e linhas gerais mais dinâmicas.
Já o porte é praticamente o mesmo: 4,01 metros de comprimento para o europeu e 3,98 metros para o brasileiro. O entre-eixos de 2,54 m é igual, enquanto a altura (1,57 m contra 1,58 m) é basicamente a mesma. No porta-malas, quase um empate: 310 litros do europeu e 315 litros do brasileiro.
Mecanicamente, o C3 do velho continente tem versões a combustão, híbrida e elétrica. A primeira tem motor 1.2 turbo, tricilíndrico, de 102 cv sem eletrificação. A segunda combina um sistema híbrido leve de 48V ao conjunto, adicionando até 12 cv extras e passando dos 20 kgfm de torque. Já a variante elétrica tem motor com 113 cv e uma bateria LFP de 44 kWh capaz de entregar até 320 km de autonomia no padrão europeu.
No Brasil, o C3 é vendido atualmente com motor 1.0 Firefly de até 75 cv e 1.0 turbo de até 130 cv. O câmbio é manual de cinco marchas no primeiro caso e automático do tipo CVT no segundo. Além disso, há a opção You, equipada com propulsor 1.0 turbo flex da família GSE e transmissão CVT.
Por dentro, as nuances em relação ao Citroën C3 brasileiro também são evidentes. O painel é totalmente diferente e possui volante, central multimídia, console e saídas de ventilação totalmente exclusivos. Chama atenção ainda o quadro de instrumentos digital em posição elevada, acompanhando o ângulo de visão do motorista. A versão elétrica dispensa manopla de câmbio e adota um seletor posicionado sobre uma superfície revestida em black piano.
A lista de equipamentos inclui um pacote de assistências ao motorista com sistema de frenagem de emergência, assistente de permanência em faixa, sensor de colisão, farol alto inteligente (que diminui o feixe quando outro carro vem na direção oposta) e sensores de estacionamento traseiros.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews
