CNI: Brasil Amarga Último Lugar em Ranking Global de Competitividade Industrial


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Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que o Brasil ocupa a última colocação no Ranking de Competitividade Industrial 2023-2024, que avalia o desempenho de 18 países no mercado global de produtos industriais. Os Países Baixos lideram a lista, seguidos por Estados Unidos e Coreia do Sul, enquanto o Brasil aparece em 18º lugar, com desempenho fraco em quase todos os indicadores analisados.
O ranking destaca que o Brasil enfrenta desafios críticos em fatores como ambiente econômico, desenvolvimento humano, trabalho e educação, ocupando a última posição nesses quesitos. O único destaque positivo foi no fator baixo carbono e recursos naturais, onde o país alcançou a 12ª colocação, impulsionado pelo uso de energias renováveis e pela vice-liderança em descarbonização. Ainda assim, a baixa adesão à economia circular comprometeu o resultado.

Principais entraves

Segundo Ricardo Alban, presidente da CNI, a baixa competitividade brasileira é resultado de uma combinação de alta carga tributária, juros elevados, complexidade fiscal e gargalos macroeconômicos. “O Brasil enfrenta um ambiente econômico desfavorável, com altos custos de produção e baixa taxa de investimento”, afirmou Alban. Ele destaca que a recuperação exige reformas estruturais, redução do chamado Custo Brasil e maior foco em produtividade e inovação.
No quesito ambiente econômico, o Brasil ficou atrás até da Argentina (17º) e da Itália (16º), sofrendo com juros altos, spread bancário elevado e grande peso dos juros da dívida pública. Em desenvolvimento humano e trabalho, o país também foi o pior avaliado, com problemas como desigualdade de renda e gênero, baixa cobertura de saúde pública e leis trabalhistas que impactam negativamente as empresas.
A educação é outro ponto crítico: o Brasil ficou em último lugar, com poucos formandos em áreas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática, além de baixa adesão ao ensino técnico. A Alemanha lidera esse indicador.

Outros desafios

O desempenho brasileiro também foi abaixo da média em ambiente de negócios (13º), comércio e integração internacional (14º), desenvolvimento produtivo, inovação e tecnologia (15º) e infraestrutura (15º). A infraestrutura, em particular, enfrenta problemas em rodovias, portos, ferrovias e conectividade digital, além de deficiências no transporte aéreo.
Perspectivas para o futuro Para reverter o cenário, a CNI defende medidas como a harmonização das políticas monetária e fiscal, redução da burocracia e investimentos em infraestrutura e educação. “O caminho é longo, mas passa por enfrentar os impactos da pandemia, da guerra [Rússia-Ucrânia] e por criar um ambiente mais favorável à inovação e à competitividade”, concluiu Alban.

Veja o ranking completo da CNI:

  1. Países Baixos (Holanda)
  2. Estados Unidos
  3. Coreia do Sul
  4. Alemanha
  5. Reino Unido
  6. Canadá
  7. China
  8. Itália
  9. Espanha
  10. Turquia
  11. Chile
  12. México
  13. Colômbia
  14. Peru
  15. Rússia
  16. Argentina
  17. Índia
  18. Brasil

 

Fonte: gazetabrasil

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