O anúncio já era esperado pelos economistas do mercado financeiro. A decisão de aumentar a taxa em 0,5 ponto percentual (p.p.) foi unânime. Além do voto a favor de todos os diretores, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, concordou com o reajuste.
Para o Copom, o ambiente externo se mostra “adverso” e “incerto”, particularmente devido à política econômica dos Estados Unidos. “Principalmente acerca de sua política comercial e de seus efeitos.”
“A política comercial alimenta incertezas sobre a economia global, notadamente acerca da magnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países, com repercussões relevantes sobre a condução da política monetária”, justificou o Copom.
Posição segura ante Trump
No final de abril, Gabriel Galípolo afirmou que o Brasil tem como destaque positivo sua pauta comercial diversa e a força do mercado interno. Tais características dão segurança aos investidores internacionais.
“A diversificação que o Brasil possui em sua pauta comercial, somada a um mercado doméstico relevante, passou a apresentar o país como um local de proteção. Na comparação com seus pares, o Brasil pode se destacar justamente por essa diversidade”, declarou ele durante reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Por outro lado, os embates tarifários devem contribuir para a manutenção das altas taxas de juros. Em sua última reunião, no mês passado, o BC já havia elevado sua taxa de juros básica em 1 ponto percentual. Na época em 14,25%, esta era a quarta mais alta do mundo em termos reais.
Fonte: sputniknewsbrasil