Você já viu aqui na Autoesporte a história de um colecionador que levou uma Ferrari F40 para acampar. Agora, um empresário alemão decidiu simplesmente cruzar a rodovia Pan-Americana com nada menos que uma Ferrari Purosangue. O dono, que usa o pseudônimo de Em Jay, transportou o modelo da Alemanha para o Montevidéu, no Uruguai, para dar início a essa aventura.
A rota Pan-Americana, também conhecida como estrada das Américas, tem mais de 30 mil km de extensão e cruza cerca de 14 países, da Argentina até o Alasca. Mas, antes de dirigir para o ponto inicial na cidade de Ushuaia, em solo hermano, ele passou pelo Brasil para desvendar as terras tupiniquins. Aliás, Em Jay já começou a compartilhar os trajetos em seu perfil do Instagram @sammyautotester.
Justamente por isso, o SUV chegou nesta semana em Florianópolis (SC). “Sim, eu trouxe minha Ferrari Purosangue da Alemanha para o Brasil para dar um rolê!”, disse o empresário ao perfil @brasilvipcars. A unidade em questão é pintada na cor exclusiva Marrone Mica e, de acordo com o proprietário, tem cerca de 15 mil km registrados no hodômetro. Com certeza um número bem distante do que será no final dessa viagem.
Entramos em contato com Em Jay, que compartilhou um pouco mais dos planos para completar a rota. Segundo ele, a ideia é chegar em Ushuaia (Argentina) nesta quarta-feira (7) após uma viagem de Foz do Iguaçu (PR) para Buenos Aires. Para se ter uma ideia, apenas nesse trecho são cerca de 1.375 km.
Em seguida, vai decidir qual caminho seguir, tendo como o Chile a próxima parada. O empresário também enfatiza que, ao contrário de outros donos de Ferrari, ele não tem medo de dirigir seus carros. “Eu adoro a Ferrari e sou um dos poucos “ferraristas” que também dirige [bastante] os carros”, comentou.
Para enfrentar a rota Pan-americana, a Ferrari Purosangue precisou ser adaptada. A empresa alemã Delta4x4 calçou o SUV de luxo com pneus BF Goodrich All-Terrain de 245/50 na dianteira e 255/50 na traseira. Além disso, também adicionou novas rodas Force Light Beadlock de 20 polegadas que, assim como o nome entrega, não são pesadas. Segundo a Delta, esse conjunto, normalmente usado por jipes 4×4, suporta cargas extremas e são muito resistentes aos impactos do off-road.
E se você já estava impressionado com a coragem do proprietário em fazer mudanças no SUV da marca italiana, ainda tem mais. Na tentativa de “disfarçar” um pouco a origem do modelo, ele solicitou que os símbolos da Ferrari fossem removidos e, no lugar, logotipos da Toyota foram adicionados.
Dessa forma, restaram poucas evidências da marca italiana, como é o caso do cavalo rampante característico disposto na grade frontal. Seja como for, com um design marcante, é quase impossível não reconhecer que trata-se de uma Ferrari Purosangue.
Vale reforçar que essa não é a primeira vez que Em Jay participa desse tipo de projeto. Em 2022, ele pilotou uma Ferrari Roma de Dortmund, na Alemanha, até o Cabo Norte, na Noruega. Foram cerca de 6.710 km em pleno inverno, rodando no gelo com temperaturas chegando a -23°C.
Agora, com certeza, o cenário é completamente diferente com o clima tropical do Brasil. E também não será fácil na rota Pan-americana, que traz terrenos árduos. Um dos trechos mais complexos é o Estreito de Darién, entre o Panamá e a Colômbia. São cerca de 106 km de extensão em uma região montanhosa, com muitos pântanos e terrenos difíceis.
A Ferrari Purosangue, que chegou ao Brasil por uma bagatela de R$ 7,4 milhões, é equipada com o consagrado V12 6.5 da marca italiana. O conjunto, aliado a um câmbio de dupla embreagem e oito marchas, entrega 725 cv de potência e 73,1 kgfm de torque. Com isso, o SUV chega aos 310 km/h de velocidade máxima e acelera de 0 a 100 km/h em 3,3 segundos. Até os 200 km/h, são apenas 10,6 segundos(!).
Feita de alumínio e aço de alta resistência, a Purosangue tem teto de fibra de carbono para ajudar na redução de peso. O modelo também utiliza diversas soluções aerodinâmicas para reduzir o arrasto e resulte em uma performance o mais próxima possível dos esportivos consagrados da marca.
Outro ponto interessante é a suspensão adaptativa. A distância em relação ao solo original é de 18,5 cm, entretanto, pode aumentar para 21,5 cm. Item que certamente será usado por Em Jay para viver essa experiência.
Vale lembrar que Em Jay ainda terá que preparar o bolso. Afinal, estamos falando do carro que mais gasta combustível à venda no Brasil. Afinal, a Purosangue faz 4,1 km/l na cidade e 5,6 km/l na estrada, sempre abastecida com gasolina. Haja dinheiro!
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Fonte: direitonews
