GWM Tank 300: 5 razões para comprar e 5 para pensar bem


O GWM Tank 300 chegou ao mercado com uma proposta clara: aliar off-road ao luxo. Ou seja, o jipão da fabricante de origem chinesa quer agradar a trilheiros e aventureiros de shopping, a gregos e troianos. A reportagem da Autoesporte, inclusive, pode antecipar que o modelo cumpre bem tal missão.

Mas é claro que sempre temos de separar o joio do trigo. Embora tenha inúmeras qualidades, o SUV da GWM apresenta alguns pontos de atenção — especialmente aos que desejam comprar o modelo, que teve o prorrogado o preço promocional de lançamento: segue R$ 333 mil.

O Tank 300 vem conjunto híbrido plug-in com motor 2.0 turbo, injeção direta a gasolina, e um propulsor elétrico que entregam, juntos, 394 cv de potência e 76,4 kgfm de torque. O câmbio é automático de nove marchas e tração 4×4 sob demanda.

Abaixo, separamos cinco razões para comprar e outras cinco para pensar bem antes de ir à concessionária a fim de adquirir um GWM Tank 300. Confira a nossa experiência com o jipão:

Para começo de conversa, a central multimídia do GWM Tank 300 agrada bastante. Isso, pelo menos, num primeiro contato. A tela de 12,3 polegadas é responsiva e o sistema é muito intuitivo. O pareamento com o smartphone, no caso do Apple CarPlay, é rápido e simples — ao contrário de modelos, por exemplo, da rival BYD.

O sistema, além de uso fácil, ainda tem botões físicos para simplificar ainda mais as coisas. Para completar temos ainda, integrada, a tela do quadro de instrumentos, que também é de 12,3 polegadas. Desse modo, o condutor tem todos os comandos voltados para ele e não tem tanta necessidade de tirar os olhos da estrada para realizar quaisquer tipos de operação.

De certo modo, o GWM Tank 300 não tem concorrentes diretos no Brasil (até a chegada da linha Bao, da BYD). Isso porque foge muito da faixa de preço dos modelos que também miram o segmento off-road de luxo.

Vamos então à comparação com dois dos “concorrentes” do Tank 300. O Jeep Wrangler Rubicon tem preço sugerido de R$ 499.990. Já o Land Rover Defender X-Dynamic HSE 2025, dotado de sistema MHEV, sai por “módicos” R$ 786.831 de acordo com a tabela de março da empresa de origem britânica. Em suma, temos aqui uma vitória acachapante do SUV chinês.

A cabine se parece muito com a de um Mercedes-Benz, é verdade, mas encanta pela qualidade de construção. Temos couro, por exemplo, por todos os lados, além de materiais suaves ao toque. É um interior que, embora tenha características de off-road destacadas pelas alças e por parafusos aparentes, tem muito esmero.

Já o banco do motorista tem ajuste elétrico em oito posições, aquecimento, resfriamento e massageador. Para fechar o habitáculo cheio de mimos, o Tank 300 tem sistema de som de 640W, com nove alto-falantes (quatro tweeters e um subwoofer) bom o suficiente para escutar um belo álbum de metalcore.

O GWM Tank 300 tem construção sobre chassi de longarina, praticamente um clássico em veículos com pretensões off-road dada a resistência a impactos, durabilidade, e facilidade de reparo. A tração 4×4 sob demanda, com reduzida, ajuda muito. E olha que temos diferencial central, dianteiro e traseiro blocantes.

As capacidades off-road do jipão vão além, e se refletem em bons números. O SUV tem 32 graus de ângulo de entrada e 33 de saída, com vão livre do solo de 22,2 cm e profundidade máxima de travessia de 70 cm.

A suspensão do Tank 300 é outra razão pela qual você deve considerar a compra do modelo. Há bastante firmeza no off-road e até mesmo conforto para rodar nas vias pavimentadas (e ligeiramente esburacadas) de nossas cidades.

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O combo entre a suspensão dianteira de braços duplos sobrepostos com molas helicoidais e a traseira de eixo rígido dá ao SUV capacidade acima da média para encarar terrenos desafiadores. No entanto, simultaneamente, faz com que o modelo tenha maior estabilidade lateral e controle da carroceria na estrada.

A GWM não divulgou dados no padrão VDA do porta-malas do Tank 300. No entanto, dá para notar, ao menos no olhômetro, que a capacidade deve ficar na casa dos 400 litros — o que não é muito para um veículo desse naipe.

Na ficha técnica divulgada pela GWM, o bagageiro comporta 863 litros, e 1520 litros com os bancos rebatidos. Isso, provavelmente, até o teto. Para não dizer que não falamos das flores, o porta-malas tem abertura lateral, o que ajuda bastante. Mas também exige um recuo maior ao estacionar.

Imagine você viajar com mais quatro ocupantes no GWM Tank 300. Jornada mais longa, para fazer uma boa trilha, dormir à noite em um descampado, e depois voltar para a selva de pedra para mais uma semana de labuta. Ou seja, o carro vai estar absolutamente abarrotado de equipamentos e de malas.

E é aí que quebra a rocha. A capacidade de carga máxima do SUV é de 440 kg. Ou seja, quatro pessoas de cerca de 75 kg mais alguma bagagem.

De todo modo, não dá muito para exagerar na brincadeira. É pegar a companheira, ou o companheiro, e fazer aquela trilha descompromissada sem muito luxo (para os padrões, claro, de trilheiro).

O GWM Tank 300 tem 4,76 m de comprimento, 1, 90 m de altura, 1,90 m de largura e entre-eixos de 2,75 m. Boas dimensões, certo? Sem dúvidas, mas temos um problema aqui em termos de espaço interno — e já te explico o motivo.

Até temos bom espaço para as pernas, mesmo com o banco do motorista ajustado para condutor de 1,80 m. O problema mesmo fica na distância entre cabeça e teto. O redator, do alto de seus 1,70 m, não ficou tão confortável. Isso por conta da área reservada justamente para o teto solar elétrico. Ponto negativo para o jipão.

Já falamos sobre o conjunto mecânico, mas não custa nada repetir. O GWM Tank 300 vem equipado por motor 2.0 turbo aliado a um propulsor elétrico. Juntos entregam 394 cv de potência e 76,4 kgfm de torque. O câmbio é automático de nove marchas e tração 4×4 sob demanda.

Embora o 0 a 100 km/h seja razoável (6,8 segundos), senti certo atraso referente ao turbo mesmo com o apoio do propulsor elétrico. Pode ser preciosismo do redator? Até pode. Todavia, realmente não esperava que um modelo dotado de sistema híbrido tão interessante pudesse apresentar este lag que pode ser prejudicial nas arrancadas e, principalmente, nas retomadas.

O Tank 300, obviamente, é pesadinho. São 2.630 kg distribuídos pelas já citadas dimensões. Os freios a disco até que seguram essa massa, mas poderiam ser um pouco melhor dimensionados. Além do pedal um tanto esponjoso, apresentam frenagem insuficiente.

É um sistema que até cumpre de modo adequado sua missão no uso cotidiano. Para completar, poderiam ter melhor modulabilidade, o que garantiria a dose exata de aplicação de força no pedal no off-road, em vias pavimentadas e, principalmente, em alta velocidade. É a mesma questão apontada na época do lançamento do Haval H6.

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Fonte: direitonews

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