Venda de sentenças ameaça implodir o STJ e arrastar TJMT para o centro do escândalo


Da Redação

A Bronca Popular

A história pode estar prestes a se repetir — e não como farsa, mas como tragédia anunciada. O sombrio caso do juiz Leopoldino Marques do Amaral, brutalmente assassinado em 1999 após denunciar um esquema de venda de sentenças em Mato Grosso, foi engavetado sob as brumas da impunidade.

Hoje, um novo escândalo ressurge das entranhas do Judiciário, trazendo o mesmo cheiro de podridão institucional.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) anunciou a coleta de assinaturas para instalar uma CPI destinada a apurar a comercialização de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo Girão, a denúncia — escancarada pela revista Veja — aponta uma rede liderada por advogados, lobistas e empresários, com tentáculos no STJ e movimentações financeiras suspeitas reveladas pelo Coaf.

Um dos advogados envolvidos, Roberto Zampieri, foi assassinado com dez tiros em Cuiabá. No celular dele, um arsenal de provas: mensagens, áudios e documentos que podem expor até ministros da mais alta corte infraconstitucional do país.

Com isso, uma eventual CPMI pode colocar o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) mais uma vez no olho do furacão. “Quando as vísceras forem expostas, a fedentina será generalizada”, avalia um experiente observador político.

O risco de um novo silêncio institucional paira.

Como no caso Leopoldino, o sistema que deveria punir os corruptos pode premiá-los com aposentadorias milionárias, enquanto a sociedade amarga a descrença na Justiça. Se o Congresso não quebrar esse ciclo, a tragédia deixará de ser exceção — e se tornará regra.

 

Fonte: abroncapopular

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