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O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por fraude em competições esportivas na última segunda-feira (14). O jogador é acusado de forçar um cartão amarelo durante uma partida contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023, com o objetivo de beneficiar apostadores, incluindo familiares e amigos.
A investigação da PF revelou que nove apostadores, entre eles parentes de Bruno Henrique, lucraram com apostas realizadas sobre o cartão do jogador, que, de acordo com as autoridades, teria sido forçado por ele durante o jogo. Os ganhos dos apostadores variaram entre R$ 700 e R$ 2,5 mil, com o total apostado somando R$ 5.732,44 e o lucro acumulado alcançando R$ 17.007,01, resultando em um ganho líquido de R$ 11.274,57.
Os apostadores estavam divididos em dois grupos: um composto por familiares de Bruno Henrique e outro por pessoas sem vínculo direto com o atleta. Entre os familiares, a maior ganhadora foi a cunhada de Bruno Henrique, que obteve um lucro de R$ 1,7 mil. No grupo dos não familiares, um apostador teve ganhos de R$ 2,5 mil. O irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Pinto Júnior, também foi identificado entre os apostadores, com um investimento de R$ 380,86, que gerou um retorno de R$ 1.180,67.
O relatório da Associação Internacional de Integridade em Apostas (IBIA) revelou que três casas de apostas, Betano, Galerabet e KTO, haviam alertado para o alto volume de apostas no cartão amarelo de Bruno Henrique. O evento tinha uma probabilidade estimada de apenas 15%, o que resultou em odds altas, entre 2.85 e 3.10. A investigação começou com base nesses dados de apostas, levando à operação “Spot Fixing”, realizada em novembro de 2024.
A PF também encontrou indícios de que seis dos indiciados poderiam ter recebido informações privilegiadas para realizar suas apostas, embora não haja confirmação de pagamentos por essas informações.
O Flamengo, por sua vez, divulgou uma nota esclarecendo que o clube não foi oficialmente comunicado sobre os fatos e reafirmou seu compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo. “O Flamengo defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa”, destacou a nota.
Fonte: gazetabrasil