Vai ter recessão? Veja o que diz o FMI sobre a tensão comercial entre EUA e China


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Os novos arancéis impostos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devem provocar uma desaceleração na economia mundial, mas sem levar a uma recessão em 2025, afirmou nesta quinta-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. A declaração foi feita durante discurso de abertura das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial, que começam na próxima terça-feira, quando serão apresentadas as projeções econômicas atualizadas.
“Nossas previsões apontam para um crescimento menor, mas não indicam uma recessão”, destacou Georgieva. Desde o dia 5 de abril, Trump implementou uma tarifa mínima de 10% sobre todos os produtos que entram nos EUA e elevou os impostos sobre produtos chineses em até 145%, somando-se às taxas já existentes antes de seu retorno à Casa Branca, em janeiro.
A escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China tem gerado preocupação global. Em retaliação, Pequim impôs tarifas de 125% sobre produtos americanos, intensificando o conflito entre as duas maiores potências econômicas. “Enquanto os gigantes brigam, os países menores ficam presos no fogo cruzado”, alertou Georgieva, destacando que o impacto dessas medidas reverbera globalmente. “O tamanho dessas economias importa, e elas podem causar efeitos devastadores ao resto do mundo.”

Tarifas em níveis históricos

Estudos indicam que as tarifas aplicadas pelos EUA atingiram uma média de 20%, mesmo com isenções recentes para semicondutores e eletrônicos. Esse nível, segundo o FMI, é o mais alto em quase um século. “O aumento recente das tarifas, aliado a pausas, escaladas e isenções, elevou a taxa efetiva nos EUA a patamares não vistos há décadas”, afirmou a diretora do FMI.
Oportunidades em meio à crise
Apesar do cenário desafiador, Georgieva enxerga possibilidades de construir “uma economia global mais equilibrada e resiliente”, desde que os países ajam com inteligência. Ela defendeu a urgência de reformas estruturais, especialmente em um mundo marcado por incertezas e choques frequentes. “Não há espaço para adiar as mudanças necessárias”, enfatizou.
Entre as medidas propostas, estão ações fiscais decisivas para recompor o espaço financeiro, ajustes graduais nos orçamentos e reformas ambiciosas em setores como bancos, mercados de capitais, regras de concorrência, propriedade intelectual e adaptação à inteligência artificial. Georgieva também destacou a necessidade de corrigir desequilíbrios fiscais em países como EUA e França, e comerciais, como na China e na Alemanha.

Cooperação em um mundo multipolar

Em um cenário global “multipolar”, a diretora do FMI reforçou a importância da cooperação internacional. “A prioridade é garantir que possamos trabalhar juntos”, declarou, posicionando o FMI como um espaço essencial para o diálogo entre nações. “Sabemos que esses reequilíbrios são difíceis, mas indispensáveis”, concluiu.
As reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial serão um momento crucial para debater soluções e traçar estratégias que minimizem os impactos da guerra comercial e promovam a estabilidade econômica global.
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Fonte: gazetabrasil

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