A Volkswagen Amarok voltou aos noticiários recentemente. Isso porque a marca alemã confirmou um investimento bilionário para produzir a segunda geração do modelo a partir de 2027 na Argentina. No entanto, em vez de a picape chegar em sua versão baseada na Ford Ranger, o caminho será oposto e passa pela China.
O projeto terá como base a caminhonete chinesa Maxus Terron, da Saic, parceira da Volkswagen na China. Autoesporte esteve no Salão de Xangai, a maior feira automotiva do mundo, e conheceu o modelo que desembarca nos próximos anos no Brasil, com muitas mudanças prometidas pela marca alemã.
Logo de cara, se você achou o visual da picape das fotos muito exagerado, saiba que esta unidade estava altamente customizada para ser exibida no salão. Ainda assim, o estilo é bastante chamativo e pode não agradar a todos. Pensando nisso, a Volkswagen vai promover uma profunda mudança no desenho da nova Amarok em comparação ao da Maxus Terron.
O trabalho será liderado pelo time de JC Pavone, o “pai” do Volkswagen Tera. Em um teaser divulgado há poucas semanas, é possível ver que os faróis, que hoje lembram os da Ford F-150, serão substituídos por peças mais horizontais e serão interligados por uma barra iluminada. A gigantesca grade com trama de diamantes dará lugar a filetes igualmente horizontais. Por último, mas não menos importante, capô e para-choque serão redesenhados.
De todo modo, o porte e as linhas robustas da Maxus Terron impressionam e até fazem a picape parecer um modelo de segmento superior. Vale lembrar que, nas medidas, ela já é ligeiramente maior do que as rivais consideradas médias, como Ford Ranger, Toyota Hilux e Chevrolet S10.
São 2 metros de largura, 1,86 m de altura, 3,30 m de entre-eixos e 5,50 m de comprimento. Como referência, suas rivais estão na faixa de 5,25 m a 5,40 m.
Por dentro, mesmo se a Volkswagen não fizer qualquer alteração na Maxus Terron, haverá evolução em relação ao modelo atual. O desenho é muito mais moderno que o da Amarok oferecida no Brasil — cujo estilo é o mesmo há quase uma década (desde a primeira reestilização).
Temos também um avanço no acabamento, com console central elevado, freio de estacionamento eletrônico e uma grande prancha que forma as telas de quadro de instrumentos digital e central multimídia. Não é possível dizer quais elementos serão mantidos na Amarok de 2027.
Em um rápido primeiro contado no estande da Maxus, notamos que a construção da versão chinesa da Terron parece adequada, com vãos uniformes entre as peças e interior com acabamento na média do segmento, combinando materiais de boa qualidade com plástico duro nas superfícies inferiores.
A combinação de cores, no entanto, não deve agradar aos clientes do segmento no Brasil. Não à toa, é muito provável que a Volkswagen faça algum tipo de mudança para o nosso mercado.
Em relação ao modelo atual, no entanto, uma coisa é certa: o consagrado motor 3.0 V6 a diesel será substituído por outro, ainda não divulgado. Além disso, haverá uma configuração híbrida, conforme um sindicato argentino confirmou.
O lançamento da nova geração da Amarok está previsto para 2027. Até lá, a versão atual segue em produção e à venda.
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Fonte: direitonews
