O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que chegou a um acordo com Braga nesta quinta-feira (17) para que o parlamentar encerre a greve de fome. A decisão foi anunciada nas redes sociais após conversas de Motta com o líder do PT na Casa, o deputado federal Lindbergh Farias (RJ), e a deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP), que também é esposa de Braga.
Com isso, Motta garantiu que a votação do processo que pode cassar o deputado só será colocada em pauta depois de pelo menos 60 dias. Enquanto isso, o caso será discutido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
“Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao plenário da Câmara antes de 60 dias, para que ele possa exercer a defesa do seu mandato parlamentar. Após esse período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, disse o presidente.
Mais de 200 horas de greve de fome
O deputado federal ficou mais de 200 horas em greve de fome e perdeu cerca de 5 quilos. Em coletiva de imprensa após o acordo anunciado por Motta, Braga agradeceu a “solidariedade” do presidente da Câmara e afirmou que o gesto é uma “sinalização importante contra a perseguição que aqui estava operando”.
“Cassar seu mandato seria um desrespeito ao voto popular, abrindo caminhos para ataques às liberdades democráticas. Agradecemos imensamente a toda solidariedade. Essa é uma vitória importante, mas ainda não vencemos a guerra. Por isso, é fundamental seguirmos mobilizados”, afirmou nas redes sociais.
Fonte: sputniknewsbrasil