Mesmo com queda de produção, preços do açúcar caem por preocupação com demanda


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Os preços do açúcar fecharam com baixas de até 0,79% na Bolsa de Nova Iorque e 1,20% em Londres nesta segunda-feira (14). Com isso, segue o movimento de baixa registrado pelos futuros do adoçante no mercado internacional desde que foram anunciadas as tarifas de importação por Estados Unidos e China. Diante das novas quedas, o contrato maio/25 de NY volta a fechar abaixo dos 18 cents/lbp. 

Nesta segunda, o maio/25 caiu 0,13 cents (0,72%) e fechou com preço de 17,87 cents/lbp. O julho/25 registrou uma baixa de 0,14 cents (0,79%) e encerrou o dia negociado em 19,69 cents/lbp. O outubro/25 foi a 17,86 cents/lbp, após redução de 0,11 cents (0,61%). O março/26 perdeu 0,08 cents (0,44%) e ficou cotado em 18,25 cents/lbp.

Em Londres, o maio/25, único dos contratos mais negociados a subir, fechou em US$ 527,40/tonelada, ganho de 440 pontos (0,84%). O agosto/25 perdeu 550 pontos (1,09%) e foi a US$ 498,00/tonelada. O outubro/25 caiu 600 pontos (1,20%) e ficou cotado em US$ 492,10/tonelada. O dezembro/25 terminou o dia com preço de US$ 491,10/tonelada, após redução de 580 pontos (1,17%). 

A Unica divulgou nesta segunda-feira (14) o total de produção de açúcar na safra 24/25, com um total de 40,17 milhões de toneladas, redução de 5,31% em relação ao recorde histórico registrado no ciclo anterior (42,42 milhões de toneladas). Apenas 48,05% da cana-de-açúcar foi direcionada à fabricação do adoçante, sendo a maior parte da cana moída utilizada na produção de etanol.

Mesmo com esses números menores, os preços fecharam em queda nesta segunda. Segundo o Barchart, as cotações estão sob pressão devido a preocupações com a queda da demanda por açúcar, à medida que a escalada da guerra comercial global aumenta as tarifas, o que eleva os preços do adoçante para os consumidores.

Para Arnaldo Luiz Correa, diretor da Archer Cosulting, a divulgação dos dados da primeira quinzena de abril pela Unica poderá ser um ponto de inflexão importante para os preços, caso os números confirmem uma safra 25/26 de baixa produtividade inicial no Centro-Sul do Brasil. 

Segundo ele, este início de safra tem sentimento um sentimento de preocupação, com qualidade da cana abaixo do esperado, com ATR de até 10 kg/tonelada inferior à do ano passado, e TCH também mais fraco, o que significa menos toneladas de cana por hectare colhido. “Em um caso específico, a combinação desses dois fatores representa uma perda de 24% na produtividade nas primeiras semanas de moagem”, apontou.

“Poderemos ver uma reação mais intensa no mercado futuro, com potencial de valorização especialmente nos spreads de curto prazo”, acrescentou do diretor da Archer em análise.
 

Fonte: noticiasagricolas

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