Estudantes denunciam perseguição ‘sionista’ na pós-graduação em relações internacionais da PUC-SP


O programa é realizado por meio de um consórcio entre a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Segundo Isabela Reis, estudante de relações internacionais na PUC-SP, a Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da universidade, optou por não renovar o convênio, o que afeta diretamente os alunos vinculados à PUC.
Diante de tal situação, os alunos estão perdendo suas vagas e bolsas. “A nossa reivindicação é para a retomada deste convênio, por ter uma importância acadêmica“, disse.
A situação, no entanto, vai além das questões administrativas: Isabela apontou que há indícios de perseguição política no curso. “A gente vê essa perseguição política desde o ano passado”, afirmou. Ela cita o caso do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais (GECI), que foi acusado de antissemitismo, considerado algo infundado pelos envolvidos.

“Os professores Reginaldo Nasser e Bruno Huberman foram chamados para depor pela Fundação [São Paulo]”, relatou.

Segundo Isabela, os ataques se intensificaram com episódios recentes. “Teve também neste semestre duas pichações no banheiro da PUC, uma falando que as palestinas morrem, e outra falando para ‘limpar a RI’ de árabes.”
A estudante acredita que os ataques estejam diretamente ligados ao posicionamento do programa San Tiago Dantas em relação ao Oriente Médio. “É um pouco um ataque ao Dantas, ao posicionamento do Dantas pela Palestina, de denunciar o que está acontecendo ali naquela região.”
A estudante ainda criticou o que vê como uma aproximação da universidade com grupos sionistas. “Há um tempo tem se alinhado com o sionismo, tem tido esse posicionamento.”

“A gente vê atualmente uma perseguição internacional […] os estudantes estão sofrendo perseguição por se posicionarem, e aqui a gente não vê uma realidade muito diferente.”

O programa San Tiago Dantas é considerado um dos mais importantes no campo das relações internacionais. Apesar de alegações financeiras por parte da fundação mantenedora, o custo do convênio é relativamente baixo, e o curso de relações internacionais é um dos mais lucrativos da instituição, acrescentou a estudante.
Internamente, conforme reportou à Sputnik Brasil, a PUC-SP adotou uma nova definição de antissemitismo, promovida por entidades estrangeiras, que amplia as possibilidades de punição a críticas ao Estado de Israel.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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