“Grzegorz Braun invadiu o hospital em Olesnica, na voivodia [província] da Baixa Silésia. Ele agrediu uma médica que havia realizado um aborto legal e a manteve em cativeiro por mais de uma hora”, diz a reportagem.
De acordo com a mídia, uma mulher havia sido internada recentemente nesse centro médico para realizar um aborto na 36ª semana de gestação.
Segundo a lei polonesa, o aborto pode ser feito em estágio avançado, após 24 semanas, caso o feto apresente risco a si mesmo ou à vida da mãe. Anteriormente, a paciente ficou internada em um hospital psiquiátrico, elevando o tempo de gravidez para as últimas semanas.
O veículo relata que Braun e seus seguidores bloquearam a entrada da médica em seu consultório, alegando que haviam efetuado uma “prisão cidadã”.
“Fui presa por Braun e sua equipe. Fui submetida a violência física e intimidação”, disse a médica.
Quando três policiais chegaram ao local, “Braun pediu que detivessem a médica e a impedissem de trabalhar. A direção do hospital Olesnica confirmou que a médica estava sendo bloqueada e não podia sair do consultório”, acrescentou o portal.
O texto também indica que a médica conseguiu sair do consultório e retornar aos seus pacientes depois de mais de uma hora. No entanto, a polícia não tomou nenhuma medida contra Braun.
O político é conhecido por suas posições e ações extremas. Ele também é um ferrenho oponente da facilitação do aborto.
Em 12 de dezembro de 2023, Braun usou um extintor de incêndio para apagar as velas acesas de uma menorá disposta no parlamento polonês. O artefato é utilizado na celebração do feriado judaico de Chanucá, e a ação foi condenada por outros políticos.
O aborto é proibido na Polônia desde 1993, com exceções apenas em situações em que a vida da gestante esteja em perigo ou se a gravidez resultar de estupro. A venda de anticoncepcionais sem receita médica também é proibida.
Fonte: sputniknewsbrasil