O estudo foi publicado na revista científica Astrophysical Journal Letters e revelou que foram observados vestígios de dois gases — dimetil sulfeto (DMS) e dissulfeto de dimetila (DMDS) — em um planeta que orbita uma estrela anã vermelha a cerca de 124 anos-luz da Terra, na constelação de Leão. Na Terra, essas substâncias são produzidas exclusivamente por organismos vivos, como o fitoplâncton.
Embora os resultados sejam empolgantes, os autores do estudo alertam que ainda não é possível confirmar a presença de vida. Os dados indicam um possível processo biológico, mas novas observações serão necessárias para descartar outras explicações.
O planeta é classificado como um “mundo hycean” — categoria hipotética de planetas cobertos por oceanos e com atmosfera rica em hidrogênio, condições que poderiam abrigar microrganismos. Além disso, é quase nove vezes mais massivo que a Terra e está localizado na chamada “zona habitável”, onde a presença de água líquida é possível.
Segundo o astrofísico Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, essa descoberta marca um avanço importante na astrobiologia: “Mostramos que já é possível detectar sinais de vida com as ferramentas atuais”, declarou à Reuters nesta quarta-feira (16).
Ainda assim, o especialista reforça que, se houver vida no planeta, o mais provável é que seja microbiana e simples.
Fonte: sputniknewsbrasil