De acordo com um artigo do The Wall Street Journal publicado na terça-feira (15), a Casa Branca planeja convencer os países a proibirem a China de transportar mercadorias por seus territórios.
Segundo a apuração, Washington também quer proibir empresas chinesas de se instalarem nesses países para impedir que seus produtos industriais baratos entrem em seus mercados através de estratégias que possibilitariam Pequim a contornar as tarifas norte-americanas por meio do redirecionamento dessas mercadorias para outros países.
Autoridades norte-americanas abordaram a ideia em conversas iniciais com alguns países, segundo fontes. O próprio Trump sugeriu a estratégia na terça-feira, dizendo à Fox News que consideraria fazer os países escolherem entre os EUA e a China.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, tornou-se um dos principais desenvolvedores dessa estratégia, segundo a reportagem. Em sua opinião, em um futuro próximo, tais acordos podem ser firmados principalmente com Japão, Reino Unido, Austrália, Coreia do Sul e Índia.
No dia 2 de abril, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas recíprocas sobre importações de vários países, estabelecendo uma alíquota básica de 10%. As tarifas deveriam ser ajustadas com base nas alíquotas cobradas por esses países sobre produtos norte-americanos. No entanto, no dia 9 de abril, Trump decretou uma pausa de 90 dias nas tarifas para todos os países, exceto a China, e reduziu a alíquota para 10% para facilitar as negociações.
Mas o recuo do presidente dos EUA trouxe ainda uma isenção de tarifas para produtos como smartphones, laptops, discos rígidos, processadores e chips de memória, cuja maioria é fabricada fora dos EUA.
Após uma série de medidas na chamada guerra comercial entre Washington e Pequim, as tarifas norte-americanas sobre produtos chineses atingiram 145%, e o imposto da China sobre produtos dos EUA chegou a 125%.
Fonte: sputniknewsbrasil