O Jaecoo 7 finalmente será lançado oficialmente no Brasil. A marca, que pertence ao grupo Chery, havia anunciado que o SUV híbrido plug-in chegaria ao mercado local em 2024, mas isso não foi possível por conta de atrasos na homologação. Fato é que, segundo apurações exclusivas da Autoesporte, o modelo começa a ser vendido em duas versões: Luxury, por R$ 229.990, e Prestige, com preço sugerido de R$ 249.990. Os valores são semelhantes aos dos rivais BYD Song Plus (R$ 244.800) e GWM Haval H6 PHEV19 (R$ 244 mil).
Mecanicamente, o Jaecoo 7 traz um motor 1.5 turbo a gasolina com injeção direta de quatro cilindros em linha — mesmo utilizado em alguns modelos da Caoa Chery — que rende 135 cv e 20,4 kgfm. Combina com ele um propulsor elétrico dianteiro de 204 cv e 31,6 kgfm. Juntos, entregam 339 cv de potência e 52 kgfm de torque nas duas versões.
O câmbio do Jaecoo 7 é o DHT, dedicado aos carros híbridos. Embora tenha somente uma marcha mecânica, tem múltiplas relações formadas pela combinação entre os motores.
Autoesporte, inclusive, já testou o Jaecoo 7 no Rota 127 Campo de Provas e o SUV chinês levou 7 segundos para ir de 0 a 100 km/h. Como comparação, nas mesmas condições, o Song Plus precisou de 8,2 s, enquanto o Haval cumpriu a tarefa em 7,7 s.
A bateria tem capacidade para 18,3 kWh e a autonomia em modo elétrico é de 78 km, de acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O número é maior em comparação com Song Plus (68 km) e Haval H6 PHEV 19 (74 km).
Em outros mercados, o Jaecoo 7 PHEV apresenta uma capacidade de recarga rápida em corrente contínua (DC) a até 40 kW, e carregamento lento em corrente alternada (AC) de apenas 3,3 kW.
Também submetemos o Jaecoo 7 a um teste de consumo simulando condições de cidade, vias expressas e estrada. No entanto, o computador de bordo do SUV só marca o consumo parcial dos últimos 50 km e, como confirmamos com a marca, não é possível zerar este resultado — somente o hodômetro parcial e a velocidade média.
Estudamos como contornar a questão e, efetuado o teste com o nível das baterias em cerca de 50% e em modo híbrido, com ar sempre ligado, o Jaecoo 7 registrou 28,6 km/l no computador de bordo. Em rodovia, sob as mesmas condições, o SUV marcou outro bom número: 17,9 km/l.
O Jaecoo 7 tem 4,50 metros de comprimento, 1,87 m de largura, 1,67 m de altura e 2,67 m de entre-eixos. Já o porta-malas comporta 500 litros, enquanto o tanque de combustível tem capacidade para 60 litros. O peso do SUV médio é de 1.795 kg.
A lista de equipamentos do Jaecoo 7 inclui painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas e central multimídia de 14,8 polegadas com conexão com Apple CarPlay e Android Auto sem a necessidade de fio.
Há também, desde a versão de entrada Luxury, ar-condicionado digital de duas zonas, bancos dianteiros com ajustes elétricos, freio de estacionamento eletrônico, faróis e lanternas de LED, rodas diamantadas de 19 polegadas, acendimento automático dos faróis e teto solar panorâmico.
A configuração Prestige adiciona banco do motorista com ajuste lombar elétrico, função de memória, welcome function e função de aquecimento e ventilação, iluminação ambiente customizável, abertura e fechamento elétricos do porta-malas ou com sensor de presença, carregador de celular por indução e sistema de som Sony.
A Jaecoo é uma fabricante chinesa que pertence ao grupo Chery (e sem relação com a Caoa Chery) e que chega ao Brasil acompanhada da Omoda. É justamente por esse motivo que você já deve ter lido o nome “Omoda Jaecoo”. As duas marcas, juntas, terão 50 concessionárias espalhadas por 17 estados do Brasil. Todas serão inauguradas em abril.
Inicialmente, além do Jaecoo 7, será oferecido outro modelo: o Omoda E5, um crossover elétrico que Autoesporte conheceu ainda em 2023. Haverá também uma versão híbrida plena do Omoda 5 que chega nos próximos meses, conforme antecipamos.
Um ponto ainda não definido na operação da Omoda Jaecoo no Brasil é a produção local. A companhia afirma que pretende começar a fazer carros no país “bem antes” de 2028. Aliás, um acordo recente com a Caoa Chery formalizou a doação de parte do terreno de Jacareí para a empresa.
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Fonte: direitonews