Segundo uma pesquisa da Fundação Roscongress da Rússia, vista pela Sputnik, a indústria de defesa europeia depende da compra de equipamentos militares baratos dos EUA.
Essa dependência pode ser explicada por encomendas maciças do Exército norte-americano: a economia de escala reduz o custo das armas fabricadas nos EUA e encurta os prazos de entrega em comparação com a aquisição na Europa, destaca o documento.
Mas os recursos energéticos russos continuam sendo um fator significativo no equilíbrio das despesas orçamentárias da União Europeia (UE), afirma o relatório.
“O setor de defesa consome muita energia, enquanto as Forças Armadas são grandes consumidoras de energia. O plano de rearmamento da UE […] aumentará a demanda por energia“, aponta a pesquisa.
De acordo com a Reuters, o uso da energia como moeda de troca nas negociações comerciais pelo presidente norte-americano Donald Trump abalou as relações entre os EUA e a Europa, gerando preocupações nas empresas europeias sobre a dependência dos Estados Unidos.
Nesse cenário, executivos de grandes empresas da UE começaram a considerar a importação de gás russo, inclusive da estatal Gazprom, como uma opção viável, algo impensável há um ano.
No entanto, para que isto aconteça, seria necessária uma grande mudança de política, já que a UE se comprometeu a encerrar as importações de energia russa até 2027 em função da operação militar especial russa na Ucrânia em 2022.
Paralelamente, as negociações com o Catar para obter mais gás natural liquefeito (GNL) estagnaram, e a implantação de energias renováveis não está avançando rápido o suficiente para garantir a segurança energética do bloco europeu.
Patrick Pouyanne, chefe da TotalEnergies, alertou contra a dependência excessiva do gás norte-americano, defendendo a diversificação das rotas de importação.
Fonte: sputniknewsbrasil