A China anunciou nesta sexta-feira (11) que vai aumentar de 84% para 125% as tarifas retaliatórias sobre importações dos EUA. A medida foi anunciada em comunicado emitido pela Comissão Tarifária do Conselho de Estado, divulgado pela agência Xinhua.
Ontem, 05:31
“A imposição sucessiva de tarifas excessivamente altas à China pelos EUA tornou-se nada mais do que um jogo de números, sem real significado econômico. Isso apenas expõe ainda mais a prática americana de usar tarifas como arma para intimidação e coerção, transformando-se em uma piada”, disse o ministro das Finanças chinês, Lan Fo’an, no comunicado.
Ele afirmou ainda que Pequim vai ignorar qualquer tarifa adicional imposta pelos EUA e que a guerra tarifária anunciada por Trump perdeu o significado econômico e passou a ser “um jogo de números”.
As novas tarifas, anunciadas pela China, são mais uma resposta às taxas impostas por Trump que, somadas, já chegam a 145%.
Guerra tarifária entre EUA e China
Em 2 de abril, Trump anunciou a introdução de taxas recíprocas sobre importações de outros países. A taxa mínima básica será de 10%, mas quase todos os países enfrentarão taxas mais altas, calculadas com base no déficit comercial dos EUA com um país específico, a fim de atingir o equilíbrio.
Em relação à China, as novas tarifas se somaram às já em vigor e atingiram inicialmente 54%. Em resposta, o Conselho de Estado da República Popular Democrática da China (RPDC) impôs tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos norte-americanos.
Os EUA, por sua vez, aumentaram as tarifas impostas a Pequim para 104%, ao que Pequim respondeu com uma tarifa adicional de 84%. Trump, então, aumentou as tarifas sobre a China, primeiro para 125% e, depois, para 145%.
Na quarta-feira (9), Trump anunciou a redução das tarifas a produtos em geral, impostas no dia 2, a redução do percentual cobrado de 20% para 10% e uma pausa na medida por um período de 90 dias, mas manteve a guerra tarifária com Pequim.
Fonte: sputniknewsbrasil
