Da Redação
A Bronca Popular
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de não fazer o dever de casa e de promover gastos sem responsabilidade fiscal, o que estaria impulsionando a inflação e elevando o preço dos alimentos.
Como resposta ao problema, Lula cobrou dos governadores a redução do ICMS sobre produtos da cesta básica, medida que não encontra consenso entre os estados.
“Essa medida não faz sentido algum, pois não altera de forma significativa o preço dos alimentos. Em Mato Grosso, fizemos o dever de casa: cortamos gastos, aplicamos medidas responsáveis e utilizamos o dinheiro do contribuinte com eficiência. Por isso, o estado cresce e estamos em situação financeira sólida, ao contrário do governo federal, que ainda patina sem sair do lugar”, afirmou Mendes.
Diversos estados já haviam desonerado ou reduzido as alíquotas do ICMS para itens da cesta básica antes da solicitação do governo federal. Um levantamento doEstadão apontou que pelo menos 14 estados já adotavam alíquotas reduzidas para esses produtos, tornando o pedido de Lula inócuo.
Com a disparada da inflação sobre os alimentos, a popularidade do presidente tem sido afetada, levando o governo federal a anunciar medidas emergenciais para conter os preços. No entanto, especialistas questionam a eficácia dessas ações, gerando um novo ponto de tensão entre Brasília e os estados.
Mato Grosso
Em Mato Grosso, a alíquota padrão do ICMS é de 17%, mas há incentivos específicos para a cesta básica.
Arroz e feijão têm alíquota zerada, enquanto produtos como leite, café e soja pagam 7%. Carnes, leite e pão francês possuem tributações reduzidas, variando entre 2% e 3,3%. Além disso, produtos fabricados no estado recebem alíquotas entre 1,8% e 5,1%, incentivando a produção local.
Com esse modelo tributário eficiente e um controle rigoroso de gastos, Mendes defende que Mato Grosso já faz sua parte para manter a economia equilibrada e cobra do governo federal medidas mais eficazes para conter a alta dos preços sem comprometer a arrecadação estadual.
Para o governador, a solução passa por responsabilidade fiscal e não por repassar a conta para os estados.
Fonte: abroncapopular