A posse de Padilha, que estava prevista para o dia 6 de março, foi remarcada para o dia 10, a fim de dar mais destaque à cerimônia.
O novo ministro recebeu três principais desafios do presidente: o primeiro é diminuir o tempo de espera no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio do programa Mais Acesso a Especialistas. A orientação é fortalecer essa iniciativa, com o intuito de reduzir filas para exames, cirurgias e consultas especializadas.
Ainda não se sabe se o nome do programa será mantido, mas o diagnóstico aponta que a ação precisa de “um reforço em comunicação e política”. O Mais Acesso a Especialistas foi lançado há cerca de um ano, com a expectativa de ser um grande destaque na Saúde, mas a avaliação até agora é que o programa não obteve o impacto esperado.
A segunda tarefa de Padilha será regularizar e expandir a vacinação, resolvendo os problemas recorrentes de falta de estoque e aumentando a cobertura vacinal. A terceira missão é combater a propagação da dengue no país.
Mudanças
A mudança ocorre em meio a divulgações de pesquisa de opinião que mostraram a queda da popularidade da gestão petista. Uma das medidas para reverter o quadro é a reforma ministerial, para pressionar por mais entregas de pastas, como é o caso da Saúde. Além disso, o governo pretende abrir espaço para novas indicações de partidos aliados, já de olho em apoios para a campanha à reeleição no próximo ano.
No início do ano, Lula oficializou a troca na Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República com a entrada de Sidônio Palmeira, publicitário responsável pela campanha presidencial do PT em 2022. O principal objetivo era potencializar em 90 dias a comunicação do governo, abalada nos últimos meses, principalmente após o episódio de divulgações em massa de notícias falsas sobre uma possível taxação do Pix.
Médico infectologista pela Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Padilha foi reeleito deputado federal em São Paulo pelo PT nas últimas eleições. Entre 2009 e 2010, chefiou a pasta das Relações Institucionais no segundo mandato do presidente Lula.
Já no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014, Alexandre Padilha esteve à frente do Ministério da Saúde. Na época, foi responsável pela implementação do programa Mais Médicos, cujo objetivo era acabar com a falta de profissionais em unidades de saúde localizadas no interior do Brasil e nas periferias das grandes cidades. Em 2019, no início da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o programa foi encerrado.
Na gestão do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, Padilha também assumiu as pastas das Relações Institucionais e da Saúde.
Fonte: sputniknewsbrasil